Você viu? Nossa enquete sobre tributos deu disparada a reforma tributária, claro! Os nossos visitantes não são burros e sabem que precisa um pouco de racionalidade nesta história de impostos. A carga tributária hoje é alta, concentrada na mão da União e injusta com certos estados da Federação.
Depois de arrecadado os tributos viram receitas públicas e são gastos sem dó nem piedade por governos, muitas vezes corruptos ou ineficientes. O resultado dessa brincadeira pode ser observado em apenas um exemplo, a conta de energia elétrica. Em uma conta com um consumo mensal de R$ 321, a pessoa paga R$ 3,47 de PIS, R$ 16,01 de COFINS, R$ 113,64 de ICMS e R$ 39,41 de CIP – Contribuição de Iluminação Pública. Com o acréscimo dos tributos, R$ 172,53, a conta final vai sobe R$ 493,97. A luz que acende na praça ou no poste da rua é paga por você através da CIP, mas essa conta é salgada.
Os tributos, depois que viram receita pública a União fica com o bolo maior e os estados e municípios recebem uma pequena parcela. Para fazer obras significativas, governadores e prefeitos viajam até Brasília, de pires na mão, firmam compromissos de reeleição com parlamentares para poder receber emendas. Os deputados federais que deveriam representar o eleitor acabam representando os interesses de governadores e prefeitos.
A legislação tributária atual é injusta com o Pará, por exemplo. A Lei Kandir nos impede de cobrar imposto pelas nossas riquezas como o ferro de Carajás. A energia produzida em Tucuruí e a que será produzida em Belo Monte não deixa e nem deixará imposto para o Pará, pois o imposto da energia é cobrado no destino e não na origem.
Valeu gente. Obrigado pela participação e pela opinião. Vamos nos organizar e levar nossa vontade para os nossos representantes e pedir que tomem providências através de uma boa e eficiente reforma tributária. Cada pessoa pode participar, como? Olha, cada político tem uma página na internet, alguns, mais modernos tem Orkut, facebok, twitter. Bom, tem a página da Câmara dos Deputados e do Senado, por lá dá para encher o saco dos caras e das caras.