o Bispo do Marajó, D. Azcona, emitiu opinião contra o manifesto da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará em defesa do Estado laico. O Bispo bate duro e acusa a Ordem de utilização ideológica do laico. “A OAB do Pará é livre para pensar a laicidade do Estado brasileiro, o aborto, as uniões homoafetivas como bem achar. O que nunca lhe será lícito é renunciar ao exercício constante da racionalidade, ao esforço infatigável, especialmente nestes tempos de `pensamento fraco´e de irracionalidade difusa, à aplicação dedicada ao estudo e à reflexão para não cair na tentação das mil formas do banal ou na trivialização das realidades mais profundamente humanas.”
Li o texto do Bispo, li novamente o manifesto da OAB e juro que não encontrei conteúdo para tamanha crítica. O Bispo se abespinhou, na verdade, com relação ao aborto e as relações homoafetivas. No caso do aborto, o manifesto defende um debate sério sobre o assunto. Na questão de homoafetividade, diz o manifesto: “é inadmissível que o país não consiga acompanhar estes avanços pela pressão de determinados grupos que inviabilizam o debate franco e aberto e a mobilização social.”
A OAB deve dizer ao Bispo: Dom Azcona, não se abespinhe. Vamos conversar.