Sobre a nota que discute a diminuição das áreas verdes de Belém recebi o comentário do Dr. Roberto Pinheiro, diretor da Semma Belém e dirigente do PV da capital.
Prezado Zé Carlos,
Quando inauguramos o Parque dos Igarapés tivemos em mente dar a população de Belém uma demonstração de que é possível a implantação de empreendimentos mantendo a cobertura vegetal original.
Nosso discurso, que foi implantado na prática, é de que nenhuma árvore foi derrubada, para a implantação do Parque dos Igarapés.
Todos que visitam o Parque, sejam naturais de Belém ou de outras regiões, são unânimes em reconhecer como é gostoso e aprazível o local, exatamente em função da proteção do verde.
Desde então, em constantes contatos com a Administração Pública Municipal, sempre perguntamos: Qual é a cidade que queremos? Cidades como algumas metrópoles como a capital do Zaire (cujo nome agora não me recordo) ou por exemplo Curitiba, que valorizam o verde enquanto fator fundamental para a amenização do clima, ainda mais numa cidade equatorial como a nossa.
Ao longo desses 20 anos de existência do Parque dos Igarapés o que podemos constatar, com imensa tristeza e preocupação, olhando as imagens de Belém obtidas por satélite, é a paulatina e acentuada destruição de todo o verde nas proximidades. Vai ficando uma cada vez menor cobertura na mata ciliar do rio Ariri e o Parque dos Igarapés vai se tornando refúgio para a bicharada do entorno.
Daí que ganha também importância a criação do Parque do rio Ariri, antiga reivindicação de moradores do Conjunto Satélite, como forma de contribuir para manter o que ainda existe da área destinada a preservação, quanto da implantação daquele conjunto.
Saudações Verdes,
Roberto Pinheiro