Neste final mais uma pessoa foi executada em Belém. São muitas as mortes por este método aqui no Pará. Voltaram a acontecer às mortes de líderes populares e sindicais, culminando com a execução do casal de ambientalista.
O que chamou atenção no assassinato do taxista foi à declaração da família que ele é o terceiro parente executado neste ano. O método é o mesmo, os motoqueiros chegam, atiram e saem sem serem incomodados. A Polícia chega ao local e decreta que foi acerto de contas e fica por isso mesmo.
O tempo vai passando e como não há uma ação enérgica da área de Segurança Pública, os grupos de extermínios ficam mais ousados. Em Icoaraci executaram seis adolescentes de uma só vez, um caso pior que a “Chacina da Candelária”. A reação da polícia foi prender um ex-policial, velho conhecido do sistema, apenas para dar satisfação à imprensa, que por seu turno, aceita pacificamente, sem questionar nada.
Se o Rosivan fosse o grande executor das mortes no Pará, sua prisão estancaria imediatamente este tipo de assassinato e não foi isso que aconteceu. O ex-soldado está preso e as pessoas continuam sendo mortas pelo mesmo método.
Segundo apurei mata-se em média de vinte pessoas por mês no Pará, com forte suspeita que algumas destas mortes executadas por bandidos que estão presos e são soltos para praticá-las por encomenda, retornando ao sistema penal após o “serviço”.
Seja o número que for e quem esteja cometendo estes crimes, a sociedade precisa de respostas concretas e para ontem.