Diarréia ambiental suja o Planeta

No ano de 2012, o Brasil estará no olho do furacão mundial e daqui poderá sair soluções para evitar a "vingança de Gaia".

Quando os dirigentes mundiais estiverem reunidos na Rio+20 debatendo "economia verde, sustentabilidade para o combate a pobreza e as desigualdes" todos estaremos torcendo por medidas que evitem as mudanças climáticas provocadas pela excessivas emissões de gases de efeito estufa, queremos, todavia, soluções para a humanidade, pois não é possível que o "deus mercado" continue mandando nas nossas vidas, impondo-nos o flagelo da pobreza e de tamanha distância entre os poucos ricos, sejam países ou pessoas, e os bilhões de pobres que se espalham pelas periferias das cidades. Como eleitores que somos, também podemos fazer a nossa parte.

Sessenta por cento das pessoas vivem em cidades e são estes aglomerados humanos que consomem energia em profusão, consomem florestas, consomem combustíveis fósseis, consomem minerais, tudo em uma velocidade muitas vezes superior a capacidade de regeneração da natureza, causando visível esgotamento dos estoques naturais.

Hoje, 83% da população brasileira está concentrada nas cidades e em péssimas condições de habitabilidade. Os ricos compram e moram em áreas planas e secas. Os pobres moram nas áreas baixas alagadas ou em encostas de morros, por isto são vítimas preferidas dos desastres ambientais, como os deslizamentos ocorridos no Rio de Janeiro ou os alagamentos em Santa Catarina.

Enquanto a cúpula do Mundo estiver reunida na Rio+20, os brasileiros estarão se preparando para ir as urnas escolher prefeitos e vereadores.

Dizem que o povo tem o governo que merece, pois é o povo quem escolhe. Nesta frase, inventada não sei por quem, querem colocar toda a culpa dos péssimos e corruptos políticos na costa da população e isto é um maldade, pois sabemos o quanto é difícil para as pessoas, envolvidas por excelentes planos de marketing, descobrirem quem está com a melhor intenção. O povo não é o culpado, mas é o povo que tem a solução para mudanças.

Para começar a pensar em soluções planetárias para o clima e para humanidade, devemos construir cidades melhores e mais humanas. Os eleitores precisam sair do personalismo e no lugar de escolher pessoas, eleger propostas. Não importa se o candidato é alto, baixo, branco, pardo ou negro. Se é do partido do governador, do prefeito ou da oposição. Se fala bonito e tem mais tempo de televisão. Nada disso importa.

A escolha deve recair no projeto de cidade. Qual é a solução para o trânsito? Como acabar com a ausência de transporte público de qualidade? O candidato deve dizer, de forma bem clara, como fará para que todos tenham acesso ao serviço de saúde com qualidade. O candidato deve indicar a solução para o tratamento do esgoto e do lixo. O candidato precisa provar que é honesto e que administrará nosso dinheiro com transparência. O candidato deve assumir compromisso com a nossa juventude para tira-la das mãos do traficante. O candidato ideal será aquele que propuser o melhor programa de educação. Isto é o mínimo necessários para alcançarmos o ideal de "cidades sustentáveis".

Se quisermos um Mundo melhor precisamos fazer nossa parte e ela pode ser feita com o nosso título de eleitor na escolha do melhor projeto para a cidade em que moramos.

No ano de 2012 não se deixe enganar pela propaganda bem feita e cheia de recursos de publicidade.

O melhor exemplo de propaganda enganosa que é diferente do produto vem das fábricas de cervejas. A propaganda é cheia de mulheres bonitas, de cenários estonteantes, de cantores famosos ou populares, mas quando você bebe algumas dessas cervejas erradas a ressaca vem acompanhada de uma brutal diarréia. Quem já bebeu errado sabe do que estou falando.

Escolher prefeitos e vereadores errados também dá ressaca e o pior é que dura oito anos. Já pensou o que é ficar com oito anos com diarréia sujando o Planeta?

 

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