SEMA: Os rios do Pará estão degradados

Montagens de rios
Os igarapés e rios paraenses estão pedindo socorro. Dois círios e uma pescaria levaram milhares de paraenses, neste final de semana, a perceber o nível de degradação dos nossos copos d´água e a SEMA precisa tomar providências.
A foto maior, na parte superior à esquerda, foi publicada no Blog do Jeso Carneiro e retrata cenas de uma dos mais belos círios fluviais do Pará, em Oriximiná, homenageando Santo Antônio. O círio percorre trechos do rio Trombetas, que as proximidades da cidade está ameaçado pela quantidade de combustível despejado no seu leito pelo abastecimento de embarcações de todos os tipos e tamanhos, com destaque para as rabetas que são inúmeras por lá.
Na foto superior à direita (O Liberal) os habitantes das margens de um dos rios mais belos e charmosos de Santa Izabel, o rio Itá, repetiram uma pescaria comemorativa que realizam a bastante tempo e acabaram comprovando o que já desconfiavam, o Rio está ficando menos piscoso em razão da poluição e do desmatamento das matas ciliares.
Na foto inferior (O Liberal) cenas do círio de Nossa Senhora de Nazaré pelo rio Apeú em direção a comunidade de Macapazinho, no município de Castanhal. Este rio recebe muitos dejetos e produtos agrícolas das fazendas as suas margens, além de ter que enfrentar o desmatamento das matas de suas margens. O rio Apeú só não está em pior condição por causa de um trabalho de recuperação feita de forma voluntária.
Se os moradores de Icoaraci resolvessem fazer um círio pelo rio Paracuri haveriam de comprovar que o futuro deste rio, cuja as nascentes estão localizadas próximo a empreendimento imobiliários construídos irregularmente às margens da Augusto Montenegro e o seu leito vem sendo atacado por inúmeras invasões e ocupações desordenadas, está completamente comprometido.
Todos os dias em todas as cidades do Pará um igarapé ou um rio está sendo ameaçado por fazendeiros e pela urbanização inadequada. Basta a SEMA perguntar, por exemplo, como está o rio do Cereja e o Caeté, em Bragança? O rio Ubá, em Moju? O rio Acará, em Acará? O rio Bujaru, em Bujaru. O ria Caraparu, em Santa Izabel do Pará? O rio Iriri, o Fresco e o Xingu? Os igarapés Altamira e Ambé, que serão atingidos por Belo Monte, em Altamira? O rio Uraim, em Paragominas? O rio Itacaiunas, com as dragas tirando areia do seu leito, em Marabá? O rio Capim? O rio Guamá? O rio Tocantins? O rio Tapajós, em Santarém?
Os fazendeiros, na desmedida ganância de criar pastos em qualquer lugar, desmatam as margens de rios, fazem barragens e bebedouros para animal e ainda despejam produtos agrícolas tóxicos que vão desgraçar a vida dos igarapés e rios.
As cidades paraenses crescem sem respeitar, nos seus planejamentos urbanos, as bacias hidrográficas, um das maiores riquezas amazônicas; o resultado são desastrosos para o meio ambiente e paras as pessoas que moram em áreas alagadas.
É urgente que a SEMA, através de sua diretoria de recursos hídricos, crie um plano estadual, com apoio das prefeituras, de monitoramento destes corpos d`água, antes que seja muito tarde, talvez, em alguns casos, até já seja tarde demais.

 

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