A imprensa e a política no Pará

As relações políticas e desta com a imprensa paraense continuam a guardar relações colonialistas que remontam priscas eras. Enquanto o mundo evoluiu para a diversidade, aqui teimamos em ter apenas dois lados, dois jornais e duas versões para um mesmo fato.

Os operadores de direito dizem que todo fato tem pelo menos três versões, a minha, a sua e a verdadeira, mas no Pará os fatos ganham apenas a versão do governo e a versão da oposição. Para o Governo e sua propaganda oficial tudo vira maravilha. Para oposição nada presta e deve ser derrubado.

As mortes de bebês na Santa Casa aconteceram durante o Governo Ana Júlia e viraram peça de propaganda negativa por parte de Jatene. No Governo Jatene os bebês continuam morrendo. A imprensa paraense reagiu igual nos dois momentos. Um jornal atacou e o outro buscou amenizar os impactos negativos das mortes.

Neste domingo o Governo deu ao jornal que amenizou os impactos quatro páginas de propaganda oficial que devem ter custado o olho da cara. Em resposta, o outro jornal publicou uma entrevista do principal adversário do Governador de plantão.

O povo, de concreto, ficou com os cadáveres dos infantes para prantear e a sensação de que é o único culpado por sempre escolher errado os seus dirigentes.


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