Roberto Monteiro Gurgel Santos (Fortaleza, 24 de setembro de 1954[1]) é um ex-advogado e atual Procurador-geral da República do Brasil desde 22 de julho de 2009.[2]Lendo o resumo curricular de Gurgel, não vislumbro qualquer possibilidade de tratar-se de um homem com manchas em sua vida profissional, creio, então, seja ele merecedor de um voto de confiança da sociedade brasileira. Se o dr. Gurgel, autoridade competente para decidir se as denuncias produzidas pelos partidos políticos virarão um processo no Judiciário, disse que não há provas de crimes cometidos pelo ministro Palocci nas denuncias apresentadas, o caso está encerrado.
Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Antes de ingressar no Ministério Público Federal, em 1982, por concurso público, atuou como advogado no Rio de Janeiro e em Brasília. Presidiu a Associação Nacional dos Procuradores da Repúlica (ANPR) entre 1987 e 1989.[3][4]
Teve o seu nome como o mais votado na lista tríplice elaborado pela ANPR, razão pela qual o presidente Luis Inácio Lula da Silva, fez sua indicação.[5]
Em 8 de julho, foi sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, tendo o seu nome aprovado por unanimidade. No mesmo dia, teve o seu nome aprovado pelo plenário da Casa. Em 22 de julho de 2009, assumiu o cargo para um mandato de dois anos.[2][6]
Eu, da minha parte, dou-me por satisfeito com a decisão, só voltarei a tocar no assunto se os partidos políticos de oposição apresentarem novas provas do alegado, caso contrário, tomarei a incistência como uma tentativa de chantagear o Governo para obter outras vantagens, estas sim, ilícitas.
Não estou dizendo isto por causa do Palocci, mas por causa desta prática denuncista que tem norteado a ação das oposições no Brasil. Os ataques da oposição passaram a ser todos de ordem moral: corrupção, caixa dois, superfaturamento, favorecimento de terceiros e tal. Mas quando o tema é de conteúdo programática, oposição e governo votam juntinhos.
Na política econônomica do governo baseada na força do mercado, com forte influência do setor financeira, a oposição concorda com tudo. O modelo de desenvolvimento defendido pelo governo e por Palocci é o mesmo das oposições. Política internacional, como raros momento de desinteligência envolvendo Hugo Chaves, Fidel Castro, Cesare Battisti e Marmud Armadinejad, eles concordam com a posição oficial.
Em dois únicos casos Dilma e Palocci ficaram em posição diferente da maioria do Parlamento, talvez tenha sido o mote para deslanchar esta onda de ataques moralistas. Durante a votação do Código Florestal, quando o Ministro e a Presidenta resolveram ouvir os cientistas, ambientalistas e o bom senso, encaminhando posição contra as mudanças absurdas propostas pelos ruralistas e apoiado pela grande maioria dos partidos políticos, incluindo os denuncistas. A demora nas nomeações para cargos do primeiro e segundo escalão, muitos apadrinhados estão no cargo sem confimação ou na gaveta a espera de nomeação, fato que tem deixado o ministro Chefe da Casa Civil, responsável por estes atos, em desconforto com um grande número de políticos, situação capaz de produzir faiscas, chamas, labaredas, até dos aliados.
Aqui no Brasil virou rotina em todo o início de governo criar-se um clima de desgaste insuportável para abrir uma forte pauta de negociação de pontos estratégicos e das miudezas (cargos, contratos, repasses, emendas) que vão de contrapeso. No fim, aquela onda de fiscalização, moralização e punição, some, deixando no povo a sensação de que todos os políticos são bandidos e que político é sinônimo de pouca vergonha. Cuidado, o povo não é besta (ia escrever bobo, mas lembrei-me de uma palavra de ordem antiga...), mas dia, menos dia, a casa ou o apartamento pode cair.