Pará é violento

Eu gosto muito do Pará. Nasci e cresci aqui, mas não é só por isto. É que o Estado tem tantas riquezas e oportunidades que não merece ganhar títulos negativos. Campeão de trabalho escravo. Campeão de violência no campo. Campeão de crimes contra incapaz. Agora mais uma, quarto estado mais violento do Brasil. Dos cinquenta municípios mais violentos do País, o Pará tem nove deles. É mole? Quem deu este status ao Pará? O Mapa de Violência 2011 divulgado pelo Ministério da Justiça.
Culpados. Tem culpados por estas desgraças, além dos que se envolveram diretamente com os crimes? Claro que tem. É a classe política e não tem com fugir da responsabilidade.
Aprendi que as mudanças positivas ou negativas de uma sociedade são alcançadas pela política. Os nosso políticos, aqueles que já alcançaram o topo da carreira e tiveram ou tem a caneta na mão, deveriam, ao ver estes índices, botar a mão na consciência e se perguntar: o que fiz pelo povo nestes anos de mandato que me foi confiado?
O Mário Couto se elegeu, pela primeira vez, em 1990, com os votos do Marajó, como deputado estadual. Foi líder do governo, presidente da Assembleia Legislativa e agora é Senador da República. É histriônico. Faz teatro na tribuna. Mas, depois de todos estes anos exercendo o poder político em nome do povo do Marajó, como é que deve ficar sua consciência ao saber que os municípios do Arquipélago detém os piores índices de desenvolvimento humano do Estado?
Jader Barbalho já foi vereador, deputado, deputado federal, governador por duas vezes, Ministro, senador, presidente do Senado. Homem que já fez chover ou parar de chover. Deus e o povo do Pará já lhe deram todas as oportunidades para agir como político. Jader não pode se queixar de apoio. Mesmo nos piores momentos da sua carreira política, o povo paraense lhe foi fiel. Então, fica a pergunta, por que Jader Barbalho não retribuiu este amor dos paraenses, ajudando o Estado a sair destes índices negativos? 
O PSDB já vai para dezesseis anos exercendo mandato a frente do Poder Executivo do Pará, dezesseis anos pode não ser muito na Europa, mas aqui nesta tênue democracia é uma eternidade. Neste anos controlou também o Legislativo. Indicou conselheiros para os Tribunais de Contas. Vendeu a Celpa. Acabou com o IDESP. Só não foi capaz de melhorar os índices de violência, pobreza, desgraça, miséria que assola a vida da maioria dos paraenses? 
O PT lutou muito, mas muito mesmo para ganhar a confiança do Povo. Até que um dia recebeu os votos suficiente para governar o destino dos paraenses. Ao tomar posse, resolveu entregar parte considerável do Poder as elites, o resultado todos sabemos. Aquilo que podia ser uma das melhores experiências de governo acabou em frustração.
Você que teve a paciência de ler esta nota até aqui, deve estar achando que vou concluir dizendo que não vale a pena votar ou participar da política. Não, não é este o meu objetivo. Reafirmo que a política é a única maneira de mudar uma sociedade. O voto é o instrumento fundamental. E a consciência do eleitor na hora de votar pode fazer a diferença. E é possível escolher pessoas e partidos compromissados com verdadeiras mudanças.
Quinhentos mil eleitores paraenses, no último pleito, foram as urnas e votaram em Marina Silva aqui no Pará. Duzentos mil paraenses, sem pedir um tostão, apenas por aprovar a atuação e a conduta política, votaram em Arnaldo Jordy. E o destino deu uma forcinha colocando Marinor Brito no senado. Mas ainda é pouco. Precisamos fazer uma revolução social forte, do tipo Egípcia, e varrer nossas múmias e faraós da vida pública. Começando pelos prefeitos e prefeitas inoperantes destes 147 municípios paraenses. Como fazer? Você tem ai uma ferramente muito forte que é a internet e as redes sociais. Crie seus vínculos no Facebok e vá juntando amigos, depois amarre sua rede em outras redes e vamos fazendo assim até atingir milhões de eleitores paraenses, consciente de que é preciso mudar. Com a rede montada, vamos usá-la para denunciar os crimes destas quadrilhas que assaltam os cofres das prefeituras e dos governos. E usar também para ajudar candidatos bons que não ganham por não ter dinheiro e meios de divulgar suas propostas e pensamentos. Neste momento não importa muito o partido, pois acredito que tem gente boa em todas agremiações. Vamos observar os currículos. Bom filho, será bom pai. Bom amigo, será um bom cidadão. Quem tem sua vida organizada, séria, decente, reta, dará um bom homem público. Aqueles que seguem a lei: amai aos outros como a você mesmo, podem receber nosso voto. As ferramentas estão a nossa disposição, basta que a gente queira mudar. Eu quero um Pará melhor, você quer? Se quiser, de um click ao lado e responda sim a nossa pergunta.
 

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