E se a Ana Júlia fosse um homem?

Me fiz essa pergunta muitas vezes durante a campanha para governador, e sempre após ouvir as contundentes críticas que faziam a nossa candidata.
Para mim as criticas que Ana Júlia sofria eram bem mais forte que os erros cometidos. Mas em campanha, quando as pessoas estão bastante passional, fica difícil qualquer avaliação isenta. Resolvi, então, deixar passar o tempo para voltar a conversar com as pessoas sobre o governo da primeira mulher a governar o Pará em toda a sua história.
Acredito que este tempo ainda não chegou, mas quero hoje registrar que fiquei curioso com um livro "Bachelet en Tierra de Hombres", de autoria da jornalista chilena Patricia Politzer. O livro aborda o enorme preconceito enfrentado por uma mulher no comando de um país latino-americano com sua cultura machista e patriarcal.
A Jornalista em entrevista ao Globo destaca que "suas atuações políticas eram analisadas sempre de uma perspectiva pessoal. Bachelet não cometia um erro, nem tomava uma decisão ruim. Simplesmente não servia, não sabia governar, não 'tinha estatura'."
Patricia aproveita a entrevista para deixar um recado, um conselho, a presidenta Dilma Rousseff: "Terá que ser muito forte para suportar preconceitos e críticas que só se fundamentam no fato de ela ser mulher".
Vou ler o livro, continuar ouvindo pessoas e refletindo sobre o Governo da primeira Mulher aqui no Pará.


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