Chamar o peixe "jejú" de "jeju" não dá. Acabo de assistir na televisão a notícia do defeso de pescado, fiquei triste quando leram a relação dos peixes e usaram os nomes que estão no decreto e que não correspondem a denominação, até mais bonita, utilizada pelos paraenses. Quem sabe qual é o peixe chamado de branquinha? Acredito que nem o Simão, exímio pescador esportivo, saberia dizer e nem vou importuna-lo nessa altura, pois sei que ele deve estar bastante ocupado em cortar gastos e arranjar dinheiro para pagar despesas.
A pirapema, na linguagem da pesca esportiva, é chamada de tarpon. O camorim é o robalo. Já no ramo comercial a pirambutaba acaba virando cat fish, mas os nossos nomes são mais bonitos. Pira é peixe, dai que os tapajônicos adorarem uma piracaia.
Acredito que devia ter um movimento cultural para que respeitem o nome que nós os paraenses usamos para denominar as coisas e o exemplo deve partir de casa. Se um jornalista local, ao redigir uma notícia, não se esforça para valorizar o nosso falar e até erra o nome dos nosso jejú, como exigir dos outros o respeito pela nossa cultura?

zecarlosdopv@gmail.com
 

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