No sábado o PT realizou uma festa nos moldes antigos para comemorar seus 31 anos de existência. Estive lá no Hotel Beira Rio e encontrei os velhos e novos militantes. A direção regional resolveu homenagear os lutadores históricos, simbolizados na figura do antropólogo Roberto Cortês e do professor, hoje do PV, Nazareno Noronha. Teve bolo, parabéns e muito resgate histórico.
Ao comparar o público do aniversário de 2011 com o dos aniversários do tempo em que o PT estava no Governo, ficou patente a ausência de muitos empresários que, nos tempos áureos estavam lá, com estrelinha na lapela e tudo. Para muitos que se iludiram com a preferência da eleita paraense, ficou a lição, eles sempre sabem de que lado estão, do lado do poder.
A cena do aniversário petista me remeteu a um passado político envolvendo o PMDB e Jader Barbalho. Jader foi eleito governador do Pará pela primeira vez em 1982, assumindo o seu primeiro governo de 1983 até 1986, sendo sucedido por Hélio Gueiros, com quem brigou politicamente ficando à margem do poder.
Pois bem, quando Jader era Governador vivia cercado dos mesmos empresários. Mas, depois de perder o apoio de Hélio e a influência política foi abandonado e na campanha contra Xerfan, poucos quiseram ajudá-lo, tanto politicamente quanto financeiramente.
Jader venceu uma duríssima batalha eleitoral, sem muito recursos, com um dos melhores jingles já produzido em campanha eleitoral que foi a "lambada na preguiça". Para comemorar a brilhante vitória, Jader reuniu seus correligionários no antigo "Pianos Bar" ali na Batista Campos. E para sua surpresa, os empresários traíras estavam todos presentes. Jader não contou conversa e no discurso passou-lhes um boa descompostura. Pensa que eles se envergonharam? Que nada! Ainda aplaudiriam como se não fosse para eles a mensagem do novo mandatário.
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