Mestre Verequete

Era 1970, naquela época o arraial acontecia na Praça Justo Chermont, mestre Verequete se apresentava no arraial de Nazaré, já era madrugada e o Bar São Jorge estava lotado, no palco, a voz inconfundível e o som do carimbó, Verequete cantava o drama cotidiano da vida pobre das baixadas de Belém:

Cabeça de bagre não tem o que chupar,

Minha mãe é pobre e não tem o que ensinar.

Virou pra lá,

Virou pra cá,

Virou pra lá.

Mulher casada que duvida do marido,

pega a mão no pé do ouvido

pra deixar de duvidar.

 

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