César Benjamin, um filho do Brasil

Hoje na Folha de São Paulo está publicado um artigo de César Benjamin, que é um bomba para o filme biografia do presidente Lula.

Antes quero dizer que militei com César no PT, num grupo político chamado a “hora da verdade”. Este grupo fazia uma crítica a Articulação.

Voltando ao artigo. Nele César conta um pouca da sua história de prisão, misturando com histórias das cadeias brasileiras e fatos alarmante que viveu nos porões da ditadura militar, como ameaças sempre constantes e incentivadas de estupros ou curra.

Solto, passou a militar no PT e em 1994 trabalho na produtora que fazia a campanha de LULA. Neste momento César passa a narrar um encontro que teve com o presidente que designam com um dos momentos mais kafkianos que viveu. Vamos ao texto:

Lula puxou conversa: “Você esteve preso, não é Cesinha? “Estive.”  “Quanto tempo?”  “Alguns anos…”, desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: “Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta”.

Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de “menino do MEP”, em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do “menino”, que frustrará a investida com cotoveladas e socos.

Foi um dos momentos mais kafkianos que vivi. Enquanto ouvia a narrativa do nosso candidato, eu relembrava as vezes em que poderia ter sido, digamos assim, o “menino do MEP” nas mãos de criminosos comuns considerados perigosos, condenados a penas longas, que, não obstante essas condições, sempre me respeitaram.”

Claro que essas cenas lamentáveis não estarão no filme, pois o objetivo da película é o misticismo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.

 

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