Foto: Ray Nonato
Texto: Tainá Aires
O desenvolvimento sustentável do país é eixo estratégico para a campanha de 2010 do Partido Verde. Em participação no 2º Encontro Amazônico do PV, a senadora Marina Silva, candidata a presidência pela legenda na próxima eleição, falou sobre o desafio de pensar em uma base que consiga aliar equilíbrio ambiental e qualidade de vida da população. Para isso, ela poderá contar com o apoio da ex-senadora do PSOL, Heloísa Helena, que já está em negociação com a ex-ministra do meio ambiente para uma possível parceria.
Os correligionários da senadora já estudam a criação dos Núcleos Marina Silva (Numas). O objetivo é fazer com que o nome da candidata à presidência pelo partido chegue com força ao interior do Estado, em 2010. Tendo não mais como foco principal o âmbito econômico, como de costume entre os outros mandatos, ela pretende submeter a população a pensar sobre o meio ambiente. E justificou sua idéia ao citar as variações climáticas que estão castigando as plantações do mundo. “Espécies que se reproduziam em climas frios já não conseguem mais como se reproduzir. O desafio de preservar o meio ambiente está posto para o mundo e o Brasil é o país que tem melhores condições para fazer essa mudança”, disse.
A senadora traçou como estratégia quatro diretrizes para que o desenvolvimento sustentável seja possível. Entre elas, a participação social, o fortalecimento do sistema nacional do meio ambiente, o apoio às atividades produtivas sustentáveis e, por fim, a transversalidade das políticas ambientais.
Para colocar isso em prática, a senadora tem como objetivo a criação de uma base aliada que se enquadre nos moldes da política ambiental. “Nós não temos a intenção de ser exclusivos. O problema é quando essas parcerias acontecem por meios exclusos. E a política está muito acima de interesses particulares”, ressaltou.
Sobre o possível apoio da ex-senadora Heloísa Helena à sua campanha, Marina Silva disse que uma mesa de diálogos já foi constituída para discutirem o interesse de caminharem juntas nas próximas eleições. “Nós somos amigas, mas só estarei aberta a negociações se essa parceria for por ideais, não por ‘fisiologismo’”, explicou.
