O Pará é um bom partido

O Pará deve estar em primeiro lugar. É isto mesmo. Já passaram por aqui três dos principais candidatos a presidência da República. Primeiro foi a senadora Marina Silva do Partido Verde, depois foi a vez de Ciro Gomes do PSB e neste final de semana, por ocasião das festividades do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, recebemos a ministra Dilma Roussef. Falta o candidato tucano. Nem um ainda disse o que quero ouvir sobre o futuro do Pará.

A senadora Marina foi genérica falando sobre o desenvolvimento sustentável e o valor da floresta amazônica para o alavancar toda a região.

Ciro Gomes falou sobre a importância do Pará no crescimento do País.

A ministra Dilma, segundo O Liberal, disse que “O Brasil só vai crescer se o Pará se desenvolver.”

Eu quero saber, concretamente, como se dará esse desenvolvimento se o Pará continuar fazendo o que a Ministra disse mais adiante? Montar uma siderúrgica para fornecer semi-elaborados  as empresas que montaram balsas e plataformas para o pré-sal; explorar seu potencial hidrelétrico para fornecer energia para o sistema nacional; e a produção de biodiesel de óleo de palma.

Todos sabemos que o Pará nunca vai sair do atual estágio de fornecedor de matéria prima, seja boi, minério, madeira ou energia elétrica, sem que haja recursos para investir em infra-estrutura e, com isso,  apostar na verticalização dos seus produtos ou consolidar uma nova matriz de desenvolvimento local sustentável.

A pergunta é: a senadora Marina, o deputado Ciro e a ministra Dilma estão dispostos a enfrentar o debate principal de fazer um novo pacto federativo, onde os estados da Amazônia possam receber mais recursos pelo seu potencial exportador? Estão dispostos a permitir que os estados amazônicos, fornecedores de matéria prima, possam desenvolver e verticalizar sua própria produção, criando logística de acesso a outros mercados?

Vou cobrar da senadora Marina. Agora em novembro faremos o primeiro encontro do PV amazônico para elaborar  proposta de governo para Marina, desafio os outros partidos a fazerem o mesmo com seus candidatos. Não é xenofobia, não. Mas aposto no Pará em primeiro lugar.

 

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