Belém está ocupada

A invasão começou ai pela segunda feira. Vêem de todos os lugares, principalmente das cabanas das periferias de Belém ou do interior do Pará. São negros com manchas brancas, de tamanho avantajados. Outros mais escuros, esverdeados. Tem os de cor amarelo forte. Aqui em Belém se distribuem em pontos estratégicos, plenamente conhecidos de todos.  Dali seguem para as casas, invadem todas, principalmente as das famílias ricas, seu alvo predileto. Mas até as casas humildes não são poupadas do seu ataque. Pela manhã, ouve-se as salvas de tiros explodindo em diferentes pontos da Cidade.

A primeira coluna é formada pelas folhas, o jambu e a maniva. A maniva crua ou pré-cozida espalha seu cheiro por todos os lugares. Logo atrás vem o pato, seguido de perto pelo tucupi. As procissões que saem de todos os pontos da Cidade são recebidas com salvas de fogos. As ruas estão ficando pequenas para tanto carro. Os portos e aeroportos apinhados de pessoas de todas as partes do mundo.

O povo cabano volta as ruas. Os tapuios e os negros. Os vinagres e os angelins. É o círio, uma bela demonstração de fé, mistura de cultura, religiosidade, culinária, amizade, confraternização no trabalho, reunião de família.

Abençoa-nos, Mãe Querida, Senhora de Nazaré!!!

 

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