A rua é sua casa: cuide bem dela. Essa é a frase desafio de Lúcio Flavio Pinto, para que as pessoas passem a cuidar dos espaços públicos e coletivos de nossa Belém, principalmente quando a Metrópole da Amazônia ruma para ser uma cidade quatrocentona.
No artigo publicado no Jornal Pessoal, Lúcio se inquieta com a atitude do belemenses de cuidar da sua morada, destruindo, sujando e depredando o que é público. Aos poucos, a irresponsabilidade das pessoas com o espaço que deve ser de todos, está transformando Belém numa cidade suja, mal cuidada e molambenta.
Na minha experiência com secretário municipal de meio ambiente observei tudo isso muito presente no cotidiano de Belém. As pessoas quebram os bancos das praças sem a menor cerimônia. Arrancam os ferros dos gradis que ornam os chafarizes. Quebram as muretas e picham monumentos históricos sem qualquer cerimônia. Basta ver o que acontece aos domingos na Praça da República. O complexo, após o dia de uso, fica em estado lastimável.
A Câmara Municipal de Belém faz tempo que não emplaca um só debate coletivo. Os vereadores, quando muito, mudam o nome das ruas para agradar alguém ou passam os dias dentro do gabinete atendendo cabos eleitorais com suas demandas individuais.
O sentimento expresso no artigo de Lúcio Flávio é o mesmo que sinto e sei que é o de tantas pessoas de bem desta maravilhosa e morena cidade amazônica. Eu topo o desafio de construir um projeto coletivo; construir uma Belém sustentável que trate o esgoto antes de despejá-los no rio e na baia; integre os habitantes das 39 ilhas aos do continente; conserve seus belos monumentos e sua monumental história; cobre medidas para implantação de um sistema de transporte público de qualidade. Eu topo.