Ao longo desta minha vida de andanças pelo Pará, nunca me deixou de martelar na cabeça uma pergunta impertinente: por que as estradas paraenses são tão esburacadas?
A PA-150, a maior e mais problemática rodovia estadual, pode ser considerada um sumidouro de recursos públicos. Em toda sua extensão aparecem crateras, as cabeças de pontes sempre estão destruídas e destruindo os carros que por ali trafegam.
A Alça Viária, com menos de dez anos de construída, está totalmente esburacada. A PA-279, no trecho construído durante o recente Governo de Simão Jatene padece do mesmo mal.
As desculpas de homens comuns que não conhecem do riscado, dizem ser o problema de intenso tráfego, do regime de chuva da nossa região e até do desleixo do Governo de plantão.
Especialistas da área dizem que um Estrada bem feita dura no mínimo doze anos até aparecer a primeira fissura ou cansaço de material. Mas para que isso aconteça é necessário que se utilize as normas técnicas e materiais adequados.
Um estrada preparada com estudo de solo, emprego de materiais certo. Feito base, sub-base e a cobertura asfáltica adequada ao trafego da rodovia, não tem porque aparecer as crateras.
Chego então as seguintes conclusões. As empreiteiras contratadas pelo Estado não usaram a técnica e os materiais adequados nas construções destas estradas. Se isso é verdadeiro, conclui-se que os fiscais do Estado não fiscalizaram e atestaram o que não foi feito.
Alguém me disse, deixa de ser bobo, as estradas são construídas fora do padrão que é para baixar o custo e sobrar dinheiro de propina. Isso é tão cruel com o povo que não acredito.
Faço aqui uma sugestão para o próximo governo: Criar um órgão independente de fiscais de obras ligados diretamente a Auditoria Geral do Estado. Só com o atesto destes fiscais o órgão poderá pagar a medição. Dizem que é assim no Estado do Tocantins e funciona.