Como é feita a comunicação entre o candidato e o eleitor? Esta é a questão chave. Se os eleitores tiverem acesso à história de vida e as propostas dos candidatos dificilmente votarão errado, não acham?
O problema é que essa comunicação não é facilitada. O datafolha fez recente pesquisa e concluiu que “A televisão é o principal meio de comunicação utilizado pelos eleitores brasileiros para se informar sobre os candidatos que disputam as eleições neste ano.
Segundo o Datafolha, 65% dos entrevistados afirmam que a TV é a mídia preferida para obter informações.
Os jornais aparecem em segundo lugar, com 12% de preferência, e a internet e o rádio vêm em terceiro, com 7% cada um. Conversas com amigos ou familiares são apontadas por 6%.”
Acontece que a TV funciona muito bem para o candidato a Governador que tem mais tempo para explicar sua plataforma política ou rebater criticas, mas no caso dos outros cargos ditos proporcionais a televisão não funciona bem por causa do pouco espaço e do formato chato dos programas eleitorais.
O candidato proporcional, deputado estadual e federal, tem dois caminhos a seguir: lançar mão de uma estratégia do contato direito, tendo contra si o fator tempo; ou recorrer aos apoiadores. Ai é que mora o perigo.
O apoiador, na maioria das vezes, não quer saber da vida pregressa ou das propostas do candidato, troca o apoio por atendimento de suas demandas pessoais ou do seu grupo. Neste item eu já vi de tudo. Vi crente apoiar ateu. Vi trabalhador apoiar patrão. Vi liberal apoiar comunista. Vi “ambientalista” apoiar desvastador. Tudo em troca de favores imediatos.
Os partidos de hoje não contam mais com a militância, aqueles que apóiam os candidatos de determinados partidos apenas por acreditarem no programa. Os formiguinhas que você encontra balançando bandeira, agitando os comícios ou entregando folhetos, são pessoas contratadas como diaristas e pagas para fazer a campanha porta em porta. Esse expediente requer muito dinheiro e uma grande logística. Para ter cem mil votos, por exemplo, o candidato precisa acessar quase um milhão de eleitor com sua propaganda. Isto tem que ser feito em apenas dois meses, para tanto são necessários muitos, mais muitos formiguinhas e custa bastante dinheiro.
Não tenho a formula para resolver esse grave problema da democracia, mas acredito que só solucionaremos este imbróglio quando tivermos partidos fortes e regras eleitorais mais democráticas.
Por enquanto, divido com você o seguinte: sou candidato a federal pelo Partido Verde, tenho um currículo e propostas sérias a ofertar aos eleitores, mas preciso de ajuda para que esse currículo e essas propostas cheguem, convincentemente, aos eleitores paraenses. Aviso logo, não tenho dinheiro e nem cara de pau para fazer acordo escusos. Resta-me então pedir sua ajuda. Fale com seus familiares e amigos sobre a importância do Partido Verde eleger seu primeiro federal em defesa do Pará e da Amazônia. Eu posso contar com você? Meu número é 4343. Pelo Pará, pela Amazônia, por Você!