Eleições dos intermediários

Os partidos e seus candidatos estão encontrando dificuldade de acessar o povo. É isso mesmo. Não tem comício, os partidos, sozinhos, não conseguem chamar a sociedade para ouvi-los. Nos programas eleitorais da televisão e rádio apenas os majoritários tem um pouco da atenção. Os proporcionais, se quiserem ser ouvidos e conquistar votos, tem que rebolar muito.

Num quadro assim só recorrendo ao auxílio de intermediários. E quem são estes intermediários? Sindicatos, associações, movimentos organizados, grupos culturais, Igrejas, lobistas ou agenciadores de votos, as chamadas lideranças ou cabos eleitorais.

Estes organismos aglutinam pessoas e formam redes de interesses, depois negociam com os interessados o apoio em troca do atendimento de suas demandas. Muitas vezes se a demanda for atendida até deixam de considerar o passado do pretendem.

O custo destes atendimentos implicam somas de dinheiros e outras estruturas que a maioria não tem com atender e, mesmo sendo uma promessa de bom política, ficha limpa, preparado intelectualmente, com experiência acumulada, ficará sem o apoio e perderá as eleições.

O quadro que estou testemunhando é preocupante para o futuro da democracia brasileira, creiam nisso.

 

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