A crise do Senado e a honestidade de Pompéia

Muita gente profere a frase: “a mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta”, para demonstrar que pessoa honesta é aquela que além de honesta, demonstra este atributo, através de gestos concretos.
A frase foi proferida por Júlio César, diante do seguinte fato. César havia se casado com a jovem e bela Pompéia, esta, por seu turno, era assediada por Públio Clódio Pulcro, que, para incriminá-la, disfarçou-se de mulher para entrar no Palácio. O galanteador foi descoberto e mandado a juri por César, de onde conseguiu se livrar, subornando os juizes. Já a mulher de César, coitada, foi mandada embora do Palácio e viveu os restantes dos seus dias sob a suspeita do adultério.
O Imperador Júlio César, nesse momento pontifex maximus, perguntado sobre o adultério reafirmou a honestidade de Pompéia, mas disse a frase que ficou famosa.
A atitude de César deveu-se ao fato de ter uma mulher bonita, ser recentemente casado e passar a maior parte do tempo ausente, em guerra.
Se olharmos bem, a atitude de alguns que exigem que todos os políticos adotem a póstura que César esperava de sua mulher, talvez se justifique pela beleza do nosso país, na nossa recente democracia, no nosso sistema eleitoral que deixa o povo ausente das esferas de decisão e na sedução dos lobbies. Bom! este é apenas um palpite. Como gato escaldado tem medo de água fria, que tal irmos adotando a frase de César.
 

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