Minha Belém. Hoje você é bela. Mas já fostes muito mais bonito. É saudade sim. Saudade do tempo em que passeavamos pela João Alfredo, olhando as lojas e depois compravamos um sanduiche no Café Santos. Saudade do tempo em que tinha boto pulando ali na Praça do Pescador. Saudade do tempo em que haviam brinquedos na Praça Kenedy. Saudade do tempo em que as famílias botavam cadeiras nas calçadas e atualizavam o papo. Saudade do circular interno e externo. Saudade dos clipers. Saudade da Folha do Norte, Imparcial e Vespertino. Saudade do soldado que controlava o trânsito com um apito e os gestos e que ficava ali na Castilho França com a Frutuoso Guimarães. Saudade da Maracangalha, Tito Franco, São Jeronimo e Largo da Pólvora. Saudade do 26 BC e da Casa Natal. Saudade do Igarapé dos Três Tubos. Saudade da 4 e 400.
Nessa Belém o máximo que roubavam eram algumas galinhas dos nossos quintais e o roubo era noticiado na Patrulha da Cidade, e se o bandido fosse reincidente, era preso na Central de Polícia e depois recolhido ao Presídio São José.