Presos ricos e presos pobres, todos são iguais perante a lei.

A maioria da população brasileira paga muitos impostos e recebe serviços públicos de sofrível qualidade. Neste campo estão a saúde, os transportes, a educação, serviços básicos de fundamental importância e garantidos constitucionalmente como direito fundamental.

A desigualdade, a péssima distribuição de renda, leva milhões a estado de miséria e da miséria surge os altos índices de crimes e prisões, mas os presídios brasileiros são medievais, conforme constatou recentemente o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o Ministro do STF, José Dias Toffoli.

A constatação dos dois Ministros sobre o estado dos nossos presídios aconteceu após réus ricos e poderosos políticos serem condenados a cumprir pena em presídios comuns, pela primeira vez, e começou a mobilizar a imprensa nacional para o problema, enfrentado há muito por pessoas pobres, presas em condições desumanas. Alguns ricos e poderosos até foram detidos, mas em prisão temporárias e, nestes casos, eram transferidos para celas especiais, longe das masmorras, onde pobres, pretos e prostitutas mofam, alguns sem sequer serem julgados, conforme constatou recentemente o CNJ.  A ida destes presos ilustres para presídios comuns até que pode beneficiar a população de presos pobres, que para ser ouvidos precisavam fazer rebeliões ou organizar-se em Comando Vermelho e PCCs. Agora, bastou fazer-se justiça e duas declarações de Ministros foram suficientes para chamar atenção do país para um problema histórico.

O episódio dos presídios me fez pensar na solução para os outros serviços públicos e ocorreu-me propor que o Congresso Nacional adote um decisão radical e ponha fim aos serviços particulares de educação e saúde. Decretando o fim das escolas particulares, dos planos de saúde e de hospitais privados, obrigaríamos os ricos e poderosos do Brasil a buscarem atendimento no serviço público, como faz a grande maioria da nossa população.

No primeiro momento, ouviríamos Ministros declararem que estes serviços de educação e saúde são degradantes e medievais. Depois viriam as mudanças e todos seríamos beneficiados. Fica aqui, então, a sugestão, para mudar o Brasil basta que todos sejam tratados igualmente, aplicando a lei e o celebre ensinamento de Jesus Cristo: "amai ao próximo como a ti mesmo"

 

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