O que vocês acham das empresas de telefonia móvel?
Sai com a mensagem na mão e fui até uma loja da Oi para trocar meus pontos por um novo smartphone, queria o melhor, aquele que faz de tudo.
Já na loja, uma vendedora simpaticíssima me atendeu, e depois de ouvir que queria resgatar um aparelho novo usando os pontos do programa "Oi pontos", jogou-me um banho de água fria na cabeça:
- seus pontos são insuficientes para um smartphone; disse-me a moça.
- mas o senhor pode levar um iphone 4s, fazendo um upgrade no seu plano atual.
- Como assim? indaguei.
- migre para o "Oi conta total 4"; falou a simpática vendedora.
- quanto custará e quais as vantagens?
A moça fez umas simulações, aumentava R$50 na conta, embora achando que estes serviços são ainda muito caros no Brasil, estava dentro do meu orçamento, topei.
Sai da loja com um aparelho novo e mais velocidade na minha internet. Era tudo que um ser humano moderno, empolgado com as novas tecnologias, oriundo da geração Baby Boomers, mas querendo se parecer com os da geração Y, deseja.
Mostrei para os amigos, falei das vantagens do meu negócio, elogiei a Oi e a Vendedora.
Quinze dias depois chegou uma mensagem dizendo que minha franquia de internet estava esgotada.
- Nossa, pelo novo plano a internet contratada não era livre?
Entrei em contato com a Oi, atendeu-me um atendente virtual de nome Eduardo,uma gravação que tenta simular os trejeitos de uma pessoa de carne e osso.
- Você não me engana, Eduardo, não quero falar com máquina. Exijo um atendente de verdade.
Mesmo não querendo falar com uma gravação, fui obrigado a obedecer sua ordens.
Se você quer atendimento para não sei o que, digite um, dissera-me o tal Eduardo. E foi me dando ordens e eu obedecendo. Não tinha escolha. Ou obedecia ou não falava com um atendente de verdade.
Anote o protocolo. Seu atendimento será gravado, pupupu... a ligação caiu. Tentei umas três vezes e nada. O tempo passando e eu tentando me comunicar com a Operador. Até que os afazeres me direcionaram para outras preocupações cotidianas.
Um dia, ao chegar em casa do trabalho, o porteiro me entregou um enorme envelope da Oi. Entrei em casa. Sentei-me na poltrona. Tirei o sapato. Alivie-me do nó da gravata e fui abrindo, olhando para a televisão onde passava as noticias do dia, displicentemente, o tal envelope. Puxei o conteúdo, era a conta do mês. Adivinhem quanto? Vocês não vão acreditar, a Oi estava me cobrando R$ 3.460,00 de conta de telefone. Quase tenho um enfarto.
Pensei em telefonar. Lembrei-me do chato do Eduardo. Resolvi ir para uma loja fixa.
Na loja, um mundão de pessoas na mesma situação que a minha. Tirei uma senha e aguardei. Fui atendido, após horas de espera. Relatei tudo a moça. Ela então abriu uma constestação e mandou que eu aguardasse cinco dias úteis. Dias depois, veio a nova conta corrigida. No mês seguinte, porém, tudo se repetiu e tem sido assim há três meses.
Ah, antes que você pergunte, falo logo. Tentei sim acionar a Anatel, mas não consegui, é muito complicado.
Hoje, depois da bela vitória da nossa chapa na OAB e de ouvir o discurso de posse do Ministro Joaquim Barbosa, tomei uma decisão. Vou trocar de operadora e acionar a Oi na Justiça. Isto não pode ficar impune.