O Lixo de Belém pode gerar renda e dignidade

O carro do lixo passou ontem de madrugada aqui na porta da minha casa. Eram três da manhã. Na hora, com o barulho, acordei e fiquei pensando: "neste momento os catadores estão lá no lixão, aguardando os carros-coletores chegar para catar e separar o que é reciclado".

O trabalho desses homens e mulheres do lixão é duro, duríssimo, começa às dezesseis, entra pela noite e vai até oito da manhã, todos os dias. O carros-coletores chegam, despejam um pacote contendo tudo que as pessoas jogaram fora como inservíveis, os tratores desmancham o monte de lixo e os catadores começam a separar o que é possível ser reaproveitado. Todos os dias é assim que mais de duas mil pessoas ganham o seu pàoi de cada dia.

O lixo é um problema, mas pode ser uma solução. Cada morador de Belém produz em média 1,2 quilos de lixo por dia. São toneladas e toneladas todos os dias. A prefeitura coleta tudo junto, lixo seco e lixo úmido, prejudicando o trabalho de tratamento e destino final.

A coleta seletiva é a saída.

Se a prefeitura instruísse o morador para separar o lixo seco, do lixo úmido e ela coletasse tudo já separado. Levasse o lixo umido para o aterro e o lixo seco para galpões de reciclagem, seria muito melhor para a dignidade dos catadores, para o meio ambiente e para economia.

Quarenta por cento de todo o lixo produzido pode ser reaproveitado e voltar para indústria, deixando de impactar a natureza e gerando renda para pessoas que os separam. Papel, metal, vidro e plástico podem ser reciclados com êxito, deixar de impactar o meio ambiente e produzir renda para muitas pessoas.

Zenaldo Coutinho tem um compromisso de anular a licitação do lixo, fazer um novo edital e aproveitar os catadores no processo de reciclagem. Vamos aguardar.

 

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