FAEPA deve ouvir o outro lado do problema ambiental e do desenvolvimento verde

A FAEPA realizou o 37a. Encontro Rural, com a participação sempre prestigiosa de todas as lideranças rurais do estado. O grande presidente Carlos Xavier se esmera na organização deste evento anual, onde pratica o bom sindicalismo, que aliás deveria ser imitado pelos dirigentes sindicas da classe trabalhadora.  Na parte científica, porém, houve uma certa parcialidade. Induzido pelo retrogrado Armando Soares, o encontro convidou debatedores com apenas uma visão do problema ambiental.  Dois cientistas que questionam a tese do "Aquecimento Global", os doutores Luiz Carlos Baldicero e Ricardo Augusto Felício, autoridades em clima, mas minoritários nas suas teses e um jornalista mexicano, Lorenzo Carrasco, duro crítico das ONGs, as quais denomina de "Máfia Verde", título de um livro muito mal escrito, que tive a paciência de ler para poder criticar. 

O Encontro ficou de perna torta e temo que seu efeito seja nefasto a para implantação do desenvolvimento sustentável na Amazônia. Os cientistas contratados como debatedores são parte da corrente científica do pensamento newtoniana, incapazes de raciocinar com uma visão sistêmica. Mesmo assim, acredito que os dois não tenha autorizado prosseguir o processo de desmatamento e degradação ambiental que está em curso na nossa região. O jornalistas, piora ainda mais o clima, quando acusa todas as organizações não governamentais de serem parte de um grande jogo das potências mundiais, uma visão impregnado do preconceito mexicano e nada calcada em verdade inquestionável.

Um Carlos Xavier, com toda sua formação humanista, ouve as afirmações dos três debatedores, releva os exageros, faz a mediação e prossegue com os cuidados ambientais que deve ter todo o produtor de bom senso que deseja manter sua propriedade valorizada. Mas e os outros? Aconselho então uma nova reunião para ouvir o outro lado.

 

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