O novo momento dos verdes

A entrada da senadora Marina no Partido Verde marca um novo momento para o nosso Partido. Divido a história do PV em três fase.

Na primeira fase, o PV, fundado por ambientalistas que viveram exilados na Europa, como Minc, Gabeira, Sirkis, expirou-se no modelo europeu, sendo arredio a política tradicional, portando-se como uma ONG no combate a crimes ambientais ou a praticas contrarias a natureza. Durante esta fase, perdemos o registro partidário e tivemos problemas junto a Justiça Eleitoral.

Numa segunda fase, o PV foi obrigado a se abrir para política tradicional, pois precisava defender sua própria existência, uma vez que lei eleitoral impunha aos partidos cumprir a clausula de barreira, que exigia que os partidos brasileiros alcançassem o mínimo de 5% de votos para deputado federal. Apesar de todos os esforços e riscos, não conseguimos cumprir a exigência legal, mas fomos salvos pela decisão do STF que considerou a lei inconstitucional.

No momento atual, recebemos a senadora Marina e um grupo de ambientalistas de forte influência no debate da sustentabilidade. Assumimos também o compromisso de um revisão programática e ética, que com certeza renovará nossas energias e aumentará nossa força para fazer valer o debate sobre a economia verde durante a campanha presidencial de 2010.

No Pará, pretendemos iniciar uma série de conversações com pessoas e entidades que ainda estão fora do Partido Verde, para que nos ajudem a traçar um programa verde para o nosso Estado. Precisamos opinar sobre a economia do Estado, que hoje é baseada na exportação de matéria prima pré-elaborada. Na agropecuária precisamos estabelecer o limite das fazendas e dos pastos, criando formas desse gado ser produzido dentre de parâmetros ambientais e sociais. Devemos cuidar da pequena produção e da produção familiar. Nossa visão sobre a indústria madeireira e sobre a mineração deve ser a mais transparente possível.

Terminado a composição das linhas programáticas, devemos buscar alianças políticas e parceiros que nos ajudem a implementar o programa. Por último, digo que é nossa obrigação providenciar um palanque estadual para nossa candidata a presidência da República.

 

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