O jornal O Liberal estampa novamente o quadro de violência no Brasil, no qual fica patente que os municípios paraenses de regiões metropolitanas estão entre os mais violentos do país, com destaque para Ananindeua, na grande Belém, o terceiro mais violento nas estatísticas nacionais.
São números que conhecemos pelos efeitos sentidos no dia a dia dos sequetros relâmpagos, assaltos à lojas e execuções em grande quantidades. Por trás de cada um destes eventos criminosos que virarão números nas estatísticas do Ministério da Justiça, está um jovem, pobre, de cor e da periferia das nossas cidades.
Estes jovens precisam de atenção e políticas públicas e o que recebem é a euforia das drogas.
O Estado atua com repressão. Prende, processo e manda para cadeia centenas de rapazes e moças todos os dias. Quando a "viatura", com seus integrantes, conclui a apresentação do preso, com a lavratura do flagrante, e volta para a rua, encontra outros jovens, com as mesmas características dos últimos presos, deliquindo. Não raro, os policiais prendem reincidentes, agora mais escolarizados pela faculdade que cursaram na cadeia anterior. É uma roda que gira sem parar.
O Estado precisa usar sua autoridade e por em prática um grandioso programa social, esportivo e cultural.
O Propaz é um belo programa na concepção, mas na execução está aquém das expectativas. Talvez pelo fato de ter sua filha, Izabela Jatene, uma excelente técnica e estudiosa do assunto, como coordenadora do Programa, o Governador tenha receio de investir tudo que o programa precisa.
Eu sei como é isso. A oposição paraenses, na sua maioria, apequenada, fica de olho para criticar as possíveis falhas. Jatene tem que vencer o temor e fazer o que tem que ser feito.
O Propaz deve criar um órgão executivo, ágil e com autoridade para integrar as diversas áreas de Governo numa mesma direção. O Propaz deveria ter ainda um órgão consultivo por região metropolitana, envolvendo o Estado, os municípios e a sociedade civil. O programa necessita de agilidade e autoridade para vencer os desafios desta batalha.
Somos de paz, mas devemos, no primeiro momento, declarar guerra ao crime que vitima a juventude paraenses.
Governador Jatene, faço-lhe um novo apelo: "Salve a nossa juventude das mãos dos traficantes, o Senhor pode".