Demóstenes Torres e Maria do Carmo de Santarém ofendem a República.

Dois momentos, duas decisões e a República ficou exposta. No primeiro, os senadores cassaram Demóstenes Torres por conduta indigna e no seu lugar foi empossado um suplente com os mesmos vícios do titular do cargo. No segundo, a Justiça Eleitoral do Pará cassou o diploma da perfeita de Santarém, Maria do Carmo, por crime eleitoral, após ela ter exercido, ilegalmente, o mandato por três anos e meio dos quatro previsto.

A cassação de Demóstenes Torres foi mais um destes atos que Parlamento brasileiro vem adotam em respostas a desconfiança que a população alimenta de que o processo democrático no nosso país não é sério e que todos os partidos e políticos alcançam o mandato, utilizando-se de expedientes contrários a lei. Está na cara que Demóstenes escolheu seu suplente visando o apoio financeiro e a relação dele como o grupo de Cachoeira, relação tão intima que envolve os dois com a mesma mulher.

Se fizermos um apanhado nos suplentes dos senadores, encontraremos dois tipo: os que foram escolhido por ter dinheiro para pagar a conta da campanha; e os que foram escolhido por serem da extrema confiança do titular, geralmente assessores, familiares, empregados partidários, funcionários da empresa.

O que o Senado Federal fará para livrar o país do suplente do Demóstenes Torres? Vão cassa-lo também? Resolverá o problema da democracia brasileira? Deixo minhas perguntas para o sua reflexão, caro leitor.

A prefeita Maria do Carmo foi acusada de compra de votos, crime pelo qual foi cassada. O problema aqui não está na cassação, mas no tempo que levou a Justiça Eleitora para chegar a esta sentença, cujo resultado não fará justiça com ninguém, muito menos com os eleitores de Santarém.

Uma Justiça Eleitoral que permite que um candidato receba de suas mãos um diploma e assuma e exerça ilegalmente três anos e seis meses de um mandato, cuja o tempo de duração é de quatro anos, não é uma Justiça competente. Neste tempo de ilegalidade, Maria do Carmo administrou, pagou, contratou, editou normas, influenciou na vida de mais de cem mi pessoas, tudo sem a legitimidade exigida para o cargo. A Prefeita de Santarém quase consegue, a custa do mandato ilegítimo, dividir o estado do Pará para criar o Tapajós, tal o seu poder de influencia na política local.

Mas também tirá-la do cargo quando faltam apenas seis meses para o término do mandato representa um enorme prejuízo ao erário municipal, que será suportado pela população sofrida de Santarém. Sai a equipe da prefeita Maria do Carmo. Entra a nova equipe. A nova equipe poderá fazer muito pouco pelo município, quase nada nestes meses que resta, mas pode fazer muita coisa errada em prejuízo geral. Pode deixar de fazer muito do que o povo precisa. Quem pagará a conta da equipe que sai e da equipe que entra é a administração pública e povo que a Justiça Eleitoral disse que protegeu com sua decisão.

Será que a Justiça Eleitoral do Pará é burra? Será que a Justiça Eleitoral do Pará não tem capacidade de medir os efeitos das suas decisões ou omissões? Alguma coisa está errada, pois esta decisão de Santarém não se enquadra no menor dos princípios constitucionais ( embora entre eles não haja hierarquia ) que é o principio da razoabildade.

Deixo estas reflexões para serem feitas na segunda-feira, afinal de contas você está de ferias e neste estado não convém ficar lendo blogs e muito menos gastar os neurônios com estas bobagens republicanas.


 

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