O Pará dividido

O clima de divisão do Estado do Pará apenas piorou depois do plebiscito, passei este final de semana em Santarém, representando o PV no encontro dos dirigentes do PT e pude ter a real noção da gravidade do problema. Os santarenos se referem, ironicamente, ao Pará remanescente de como o parazinho. O candidato do governador a prefeito de Santarém despencou nas pesquisas. O vice-governador é tido como traidor. O governador Simão Jatene não merece mais o respeito demonstrado nas urnas pelos eleitores da região. O candidato apoiado por Jatene na eleição da Amat será derrotado pelos divisionistas.

Embalados por quase 98% dos votos a favor da divisão, a comissão pró-carajás estava toda em Santarém, reunida com os interessados na criação do Tapajós, decidindo as formas de continuar lutando pelo ideal de criar as novas unidades federadas.

Uma propostas que começa ganhar corpo entre os divisionistas é a apresentação de um PLIP, sigla criada para designar um projeto de lei de iniciativa popular. O PLIP, articulado com movimento separatistas de outros estados, versará sobre população interessada a ser consultada, delimitando o plebiscito apenas a opinião dos eleitores das áreas interessadas na separação, deixando de fora os moradores da região remanescente.

Os separatistas, mesmo sabendo da opinião do povo do Pará, querem continuar com a bandeira para as próximas eleições e neste final de semana ganharam um enorme reforço. O dirigente nacional do PT, José Dirceu, no seu discurso no encerramento do encontro estadual, declarou sua adesão e seu empenho para criação das novas unidades federativas, para Zé Dirceu "esta luta apenas está começando".

 

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