Ao senador Jader Barbalho: todos quem, cara pálida?

Ao ler o artigo do senador Jader Barbalho publicado no Diário do Pará deste domingo me vi na obrigação de concordar, acredito que pela primeira vez com quase tudo que o Senador escreveu, ao fazer um brilhante e trágico diagnóstico do Estado sob o título: “O Pará tem jeito”.

É bom acessar o link e ler o artigo na íntegra, mas vejam algumas frases importantes do artigo, posto que grifadas pelo próprio Senador:

1. O Pará ocupa “os últimos lugares das pesquisas nacionais sobre dignidade humana”, concordo;

2. a violência já chegou de quase todas as formas, concordo;

3, O trânsito paraense, com certeza, é um dos piores, concordo;

4. Ninguém tem mais ouro que nós. Concordo;

5. O paraense é carinhoso, solidário e trabalhador. Concordo;

6. Chega de tanta notícia ruim, concordo.

O que eu não concordo é com a seguinte conclusão do artigo:Mas, eu acredito que a responsabilidade de sair desse mar perigoso é de todos.” Todos quem cara pálida?

Senador Jader Barbalho não nos venha atribuir responsabilidades que são suas e da sua classe política. Nós cidadãos paraenses sempre fizemos a nossa parte trabalhando para produzir riquezas, pagando nossos impostos religiosamente em dia e indo as urnas outorgar mandatos aos nossos representantes, para que defendam os nossos interesses e promovam as soluções para os problemas que nos afligem.

O Senhor mesmo sabe que desde 1983 todos os governantes do Pará, exceto a Ana Júlia, e a maioria dos prefeitos foram eleitos pelo seu partido, por sua indicação ou em aliança indicada pelo Senhor. E não se quexe do povo paraense pois este sempre o atendeu.

O Senhor governou oito anos o Pará, lembra disto? Seu aliado e indicado Hélio Gueiros, mais quatro; seu aliado Almir Gabriel oito; seu ex-secretário de planejamento, secretário no Ministério da Reforma Agrária e Previdência, Simão Jatene, vai para mais oito anos de mandato.

Somando tudo são vinte oito anos seu e dos seus amigos a frente dos destinos do Pará, não estou contando os seus inúmeros outros mandatos como deputado federal, presidente do senador e agora senador por mais oito anos, será que já não foi tempo suficiente para combater “a má gestão, a incapacidade do poder público”?

 

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