O tenente-coronel Sebastião Curió de Moura entregou ao Estadão seus arquivos pessoais, guardados durante 34 anos, sobre a Guerrilha do Araguaia. O Jornal Paulista publicou um resumo no final de semana e hoje a repercussão sobre as matérias. Muitas revelações chocaram as pessoas, dentre elas, aquela que admite que houve massacre de guerrilheiros, mortos após estarem dominados pela forças da repressão.
Lembrei-me que, em certa ocasião, estive em missão governamental na casa do prefeito Curió, em Curionópolis, na oportunidade ele contou aos presentes muitos detalhes deste episódio, incluindo a prisão de José Genoíno Neto. Segundo Curió, Genoino foi preso quando executava sua primeira missão, que era levar um recado para “Dina”. Genoíno trazia um bornal com alguns pertences, um bilhete e, num fundo falso, uma arma. Não resistiu a voz de prisão. E foi solto sem ser molestado.