Contrariando o que disse Lúcio Flávio no seu último Jornal Pessoal, Almir Gabriel resolveu fazer um jantar dia 05.01 e convidou muita gente, aliás o Lúcio podia ser mais justo com o Dr. Almir Gabriel, afinal Lúcio foi ele, como Governador, que teve a coragem de dar o remédio amargo ao paciente moribundo chamado Pará.
Eu, a bem da verdade, era Deputado, fiz oposição ao seu Primeiro Governo, mas tive que reconhecer sua competência e seriedade, e o apoiei posteriormente.
Foi o Dr. Almir, com seu jeito e sua personalidade, que meteu a mão na massa e desatolou o carro. Lúcio, o Pará tinha apenas 83 municípios, 60 dos quais servidos por usinas a diesel com luz que ia só até 22 horas. Lembra de Itaituba quando compraram duas usinas termoelétricas em Miami e estas chegaram aqui com o frete mais caro do mundo e nunca produziram um só kilowats de energia? "Luz no Campo" ou "Luz Para Todos" nada disso seria possível sem a expansão da rede.
E as finanças públicas, heim? Era um caos. A SEFA, meu Deus! Os tributos no Pará eram para sonegadores e corruptos. O ex-deputado Vavá Mutran matou um delegado da SEFA que não quis atender um bilhete seu, pois esta era a prática naquele órgão? Lembra da COHAB? Do velho Hospital dos Servidores? Do SEDUCÂO? A máquina pública estava emperrada e obsoleta, servindo apenas de cabide de emprego.
Todo o político deve ser criticado e o Dr. Almir Gabriel, não pode ser excepcionado, mas as criticas feitas a ele, em geral, são de cunho pessoal.
Que a pernoalidade dele é diferente de muitos políticos, isso é verdade, mas qual é a certa? O político que diz sim quando quer dizer não e não quando quer dizer sim ou o que diz não para o não e sim para o sim, mesmo que isso não seja aquilo que o interlocutor gostaria de ouvir.
Na política as homenagens são feitas depois da morte, infelizmente.