Os assentamentos de reforma agrária contribuem decisivamente para o aumento dos desmatamentos na Amazônia, esta é uma constatação do IMAZON a partir da detecção feita pelos aparelhos que monitoram a Região.
"O desmatamento nos Assentamentos de Reforma Agrária em novembro de 2007 detectado pelo SAD totalizou 9,48 quilômetros quadrados (<2% do total registrado nesse mês).
Os Projetos de Assentamentos mais desmatados foram Josimo Tavares (município de Conceição o Araguaia) e Rio Campo Alegre (município de Santana do Araguaia). Em dezembro de 2007, o esmatamento nos assentamentos representou 14% do total registrado no Estado, porém em ermos absolutos o desmatamento foi menor: 7,2 quilômetros quadrados. O Assentamento
mais desmatado foi o Rio Preto (município de Santana do Araguaia) com 6,64 quilômetros quadrados."
Os fatos nos colocam contra a parede. A reforma agraria é necessária, porém, na medida em que a terra é distribuída, o colono vira um produtor rural como outro qualquer e passa a fazer parte do mercado, desmatando para plantar ou criar.
Não adianta romantismo, a velha palavra de ordem camponesa está em vigor: onde corre o pau, corre o machado e também a motoserra. A floresta não resiste e cede espaço para a agricultura e a pecuária num rítmo cada vez maior.
Os assentamentos podem estar virando um grande negócio, pois desmatam sem serem importunados, vendem a madeira toda documentada, coisa que a indústria madereira não está podendo fazer. E a área, depois de limpa, pode parar nas mãos de um grande produtor.
O Governo do Estado e dos municípios adotam uma postura de empurar o problema para o nível federal e para a comunidade internacional, enquanto isso a floresta esvai-se. Os militantes de esquerda ou autoproclamados assim usam suas camisetas de protestos e adesivos com palavras fortes, alguns são de papel reciclados, que é para não doer tanto a conciência. A luta, irmãos!