Nem dalit, nem hijra

No Pará o debate está cada vez mais díficil. As forças políticas não desarmam seus palanques. Qualquer assunto vira bandeira na mão da situação ou arma na da oposição.
Abri aqui um debate sobre a saúde e obtive como resposta xingamentos e agressões.
Porém, estou cansado de versões. Quero os fatos.
As pessoas ouvem falar, e acreditam. O pior é que estamos a ouvir fontes que não são idôneas. Pessoas que tem seus interesses contrariados e se escondem atrás da crítica. Basta ver quem está criticando por aí e buscar os fundamentos. Vai encontrar tudo, menos o compromisso com a verdade e com o interesse da população. Na saúde não é diferente.
As pessoas pobres, que não têm dinheiro para pagar um plano de saúde, sofrem com o sistema público, pois o Estado, embora dedique 13% do orçamento para esse setor, não consegue atender a contento todos os problemas.
Quando o PSDB entregou parte do sistema à inciativa privada, fugindo das armadilhas do serviço público, burocratizado e custoso, quase foi execrado em praça pública, virou um Dalit.
Agora pegam as mazelas do Pronto Socorro e usam como arma de ataque na luta pelo poder. O meu desafio às pessoas é por soluções. Não ajuda dizer que ainda tem paciente em maca nesse ou naquele hospital.
O sistema que o PSDB, no governo do Jatene, quis implementar, e o vereador Fernando Dourado sabe disso, pois era o piloto, aliás um bom piloto, criticado, coitado, quase despelado em praça pública, consistia em hospitais regionais de alta complexidade, apoiados por redes municipais de prevenção, urgência e emergência. Se isso ainda for levado a frente, quem sabe pode se constituir em saída para amenizar o sofrimentos dos mais carentes.
Vamos nos despir da nossa sexualidade a flor da pele, virar um hijra, para termos mais amor pela causa pública. Sei que muitos que hoje se emocionam ao falar do PSM, ficarão calados quando seus negócios e interesses políticos forem satisfeitos. E os problemas, ah! esses continuarão a atazanar a vidas dos mais carentes.
Espero que não apareça, por aí, adeptos das castas indianas e segreguem uma grande parte da população pobre a um destino imutável, provindo de deuses.
 

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