O Senado é a bola vez

O Senado já foi a Casa Legislativa mais respeitada da República. Para lá só iam os mais velhos e os mais importantes políticos de cada estado. A Casa era a revisora e tinha uma papel mais conservador. Aí veio a Constituinte. Alí, grupos defendiam o fim do Senado e a adoção do unicameralismo. Não passou.
O Senado tinha tradição e pode suportar o golpe. Mas não foi capaz de suportar a diminuição de idade para candidatura a senador. Com isso, o Senado, que era uma Casa conservadora, ficou tão moderno e barulhenta quanto a Câmara dos Deputados.
De lá para cá, foi uma sucessão de fatos que levou aquela Casa a estar na lama, envolvida em denúncias de uso indevido de cargos de diretores, de verbas de transportes, etc. As denúncias atingem a todos e de todos os partidos.
Neste momento, estou aqui em Brasilia, assistindo o senador Tarsso Jereissati, da Tribuna daquela Casa, respondendo acusações de uso indevido de verbas de transporte. Logo ele que foi um exemplo de administração moderna e eficiente que elevou o estado do Ceará a categoria de um grande estado nordestino.
O Senador foi aparteado por muitos dos seus pares, mas destaco o aparte do senador Pedro Simon que se declara com um dos mais culpados por tudo que está acontecendo, por ser o mais velho dos senadores. Também argumenta que os senadores são omissos com os destinos administrativos do Senado. Assistem a tudo sem questionar.
Ao final, o senador Pedro Simon convoca os senadores a realizam de um esforço de desisões no sentido de corrigir o rumo e dar transparência a Casa.
Para o povo fica apenas a sensação de que nada vai mudar, infelizmente.
 

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