No Pará temos muita terra e muitas possibilidades de avançar rumo ao desenvolvimento sustentado. O nosso clima é bom, temos um ótimo regime de chuva, temos sol o ano inteiro e uma temperatura estável. Isso gera todas as condições para termos áreas para pastos e capim de boa qualidade e boas áreas agicultáveis. Mas não temos um sistema legal que ateste a propriedade da terra sem que haja qualquer questionamento.
O ITERPA, órgão estadual, foi atropelado pela sobreposição de competência com a chegada do INCRA. O INCRA foi a pior invenção que aconteceu para o Pará.
Criado pelo Decreto-lei nº 1.110, de 9 de Julho de 1970, pelo presidente-ditador Emilio Médici. O Instituto assumiu as competências do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, o Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário e o Grupo Executivo da Reforma Agrária. O INCRA, no período militar, assumiu o comando da colonização da Amazônia para dar cumprimento ao slogan: “homens sem terra, para terras sem homens”. Já no governo Lula o Instituto passou a conduzir a política de reforma agrária, com a meta de dar acesso a terra para 530 mil famílias, sendo 400 mil famílias por meio de assentamentos e o atendimento de 130 mil famílias através do crédito fundiário, além da regularização fundiária para 150 mil famílias.
O INCRA, nestes tempos de existência, bagunçou completamente o coreto da política fundiária no Estado do Pará. Assentou pessoas no momento da colonização e hoje estimula a ocupação dessas mesma terras. Tudo isso em completo desrespeito a autonomia do Pará. Essa situação cria uma clima de beligerância, e quando a violência eclode, fruto dessa bagunça provocada pelo Instituto, a União aparece de boazinha oferecendo apoio da Guarda Nacional. Quando é que teremos tranquilidade para construir aqui um Estado de justiça social e desenvolvimento sustentado?