O presidente Obama viu cinco dos seus indicados serem constrangidos pela imprensa e opinião pública sob acusação de sonegação fiscal. Foram eles Bill Richardson, que desistiu do cargo de secretário do Comércio por ter sido envolvido na investigação a uma empresa financeira que obteve contratos lucrativos para assessorar seu governo e que, mais tarde doou fundos à sua campanha. O indicado à secretaria do Tesouro e ex-presidente do Fed (Banco Central Americano), Timothy Geithner, também renunciou à sua candidatura e pediu desculpas pelos "erros" cometidos ao sonegar impostos à União. A dívida de Geithner era de US$34 mil, mais juros. A renunciante da vez é Nancy Killefer, indicada para supervisionar a eficiência federal. Depois de vir a público que ela não pagou diversos impostos, inclusive os de empregadora pessoal, Nancy retirou sua candidatura na última terça-feira (03).
No Brasil, o deputado corregedor da Câmara, acusado de apropriação indébita de um milhão da Previdência e mais dívidas trabalhistas, acha que isso é normal e não lhe impede de continuar no cargo que é responsável por receber e apurar denúncias contra os membros da Casa Legislativa.
Lembro que a clássica definição de decoro parlamentar é: "a postura exigida de um homem público deve ser superior a média da póstura exigida de um cidadão comum."