Belém joga esgoto na baia do Guajará

O Instituto TrataBrasil apresentou o mais novo raking de saneamento brasileiro. Por este documento que reúne as 100 maiores cidades brasileiras, Ananindeua é a pior em saneamento e o Pará tem três cidades com entre as cinco piores do Brasil.

A noticia foi uma pancada no estômago dos que lutam para melhorar os índices de saúde pública e a qualidade ambiental do Pará e sabem que se a cobertura de abastecimento de água, captação e tratamento de esgoto não for universalizada, será muito difícil avançar nestes dois setores. Reverter o quadro é um desafio e tanto.

O Ministério Público Federal convocou um evento com diversos especialista para debater o problema. Durante quatro horas, no auditório do órgão, se revezaram, com informações sobre água, esgoto e tratamento. Bruno Araújo Soares Valente, procurador federal; Arildo da Silva Oliveira, secretário do TCU no Pará; Antonio Rodrigues da Silva Braga, presidente da COSANPA; Luiz Otávio da Mota Pereira, secretário de saneamento de Belém; Raimundo Maciel, engenheiro sanitarista e diretor presidente da SAAEB; Patrícia Cabral, gerente de infraestrutura da SEMA; José Cláudio Carneiro Alves, secretário de meio ambiente de Belém; José Almir Rodrigues Pererira, professor da UFPA; Neyson Martins Mendonça, professor da UFPA; Ilka Suely Dias Serra, engenheira sanitarista e profesora da IFPA; Marco Valério de Albuquerque Vinagre, diretor do CREA-Pa; Ivan Costa, diretor do Observatório Social de Belém; Davida Franco Lopes, engenheiro - presidente ABES. Eu também estive lá representando a Comissão de Meio Ambiente da OAB Pará.

Veja qual é o volume de esgoto produzido em Belém, segundo o TrataBrasil, apenas 1,6% são tratados. Todo o restante é despejado in natura na baia do Guajará, nos igarapés e no solo, contaminando tudo e produzindo doenças.


Os técnicos revelaram que as estações de tratamento de esgoto, com a da Marambaia, são verdadeiros elefantes brancos, porque não chega esgoto pela rede para ser tratado. As casas não estão ligadas na rede ou não existe rede para ser coletado o esgoto.

O Governo do Estado, através do Plano Plurianual, propõe aumentar o serviço de esgotos até 2015 de 8,1% para 10,32%. Os 89% dos domicílios paraenses ainda terão que esperar por um novo governo.


Os engenheiros e estudioso deixaram grande número de indagações que deverão ser respondidas em reuniões de trabalho até a elaboração de um Termo de Ajuste de Conduto, onde a OAB será interveniente.









 

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