Crime politico no assassinato de advogado em Tomé Açu



O advogado Jorge Pimentel (de terno cinza na foto do seu facebook) e o empresário Luciano Capaccio foram assassinados a tiros, neste sábado (02.03) em Tomé Acú. Os dois estavam em um bar quando os pistoleiros chegara, disseram que todos estavam dispensado e que o caso deles era com os dois, começaram em seguida a atirar. 

Os primeiros tiros mataram o empresário. O Advogado ainda correu para escapar da morte, mas foi alcançado, alvejado e morto em consequência dos quatro tiros disferidos pelas pistolas de aluguel.

Os dois crimes são políticos e sua elucidação deve simbolizar o combate à ausência do estado de direito que estimula este tipo de ação criminosa. 

Com o assassinato do doutor Jorge Pimentel, são dois os advogados que morrem pelo exercício da profissão em defesa do cliente em pouco mais de dois anos. A OAB tem compromisso em explicitar estes crimes.

As duas mortes, somam-se a outras tantas que vem ocorrendo em Tomé Açu, todas com a conotação política. Luciano Capaccio já havia perdido o pai, assassinado também por pistoleiros. 

O grupo político que está comandando estas mortes, parece que está jogando xadrez com as outras forças políticas adversárias, vai derrubando peças importantes do tabuleiro. O Advogado e o empresário, brutalmente assassinados, representam a possibilidade de agora partirem para o xeque mate. 

Os crimes deste sábado parecem ter ligações como dois crimes outros crimes que abalaram Tomé Açu. O atentado sofrido pelo prefeito Francisco Eudes e a assasinato do vereador Raimundo Sampaio. 

Eudes e o vereador Bruno dos Santos Spenasse, forma abordados, em 2008, em plena Avenida Serzedelo Corrêa. Francisco Eudes era candidato a reeleição e enfrentava grupos poderosas. O vereador Bruno recebeu vários tiros e na época, o atentado foi investigado como um assalto. Leia mais...

Francisco Eudes perdeu as eleições, mas o seu grupo elegeu o vereador Raimundo Sampaio (PRB) como o mais votado do município de Tomé Açu. Sampaio obteve mais de 2.700 votos, porém nem tomou posse. No dia 15 de outubro de 2008, quando estava na Lanchonete Caruaru foi alvejado por assassinos de encomenda. 

Na época do crime, a população se revoltou e queimo a Delegacia de Polícia e Fórum. 100 polícias foram deslocados para o município, mas as investigações demoraram e a impunidade voltou a intimidar a população e dar força para outros crimes serem cometidos.


Em setembro do ano de 2009 outro assassinato chamou atenção da imprensa. Um homem conhecido como “Cabeludo”. O assassinato foi noticiado: “Um cidadão conhecido como “Cabeludo” foi assassinado com um profundo golpe de faca no pescoço durante a madrugada do último domingo, em Tomé-Açu, no nordeste do Pará. O homicídio ocorreu por volta das 2h30, em um bar, no bairro Tabom.”

Cabeludo era segurança de Raimundo Sampaio e na época chegou-se a levantar a hipótese do crime ter a relação com o assassinato do Vereador.
O dono da Lanchonete onde Raimundo Sampaio foi assassinato, conhecido como Caruaru, filiado ao PSOL, recentemente também foi assassinado.

As mortes de Jorge Pimentel e Luciano Capaccio representam um desafio para o Estado e as instituições, incluindo a OAB Pará, que perde, em menos de dois anos, dois advogados para pistolagem. 

A comunidade de Tomé Açu está entregue nas mãos dos bandidos e não acredita nas providências das autoridades, que ficaram desmoralizadas ao não investigar as diversas mortes por encomenda política que vem sendo consumada impunemente naquele município. 

Quando o vereador Raimundo Sampaio foi assassinado, foi prometido pelas autoridade todo empenho para o fim da impunidade e nada aconteceu, frustando a população e aumentando o poder dos criminosos: 

“A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará (OAB-PA), Ângela Sales, disse que a Ordem vai reivindicar junto ao Governo do Estado que este arque com os custos da reforma e reconstrução do Fórum. "O poder judiciário não pode arcar com os custos de um fato que foi conseqüência da falta de segurança do poder público".


O Tribunal de Justiça do Estado (TJE) manifestou repúdio aos atos de violência e lamentou os danos ao patrimônio público e à população, que agora terá que se deslocar até Bujaru, para resolver questões referentes à Justiça. (Eva Maués/Diário do Pará)”
O Estado e as instituições paraenses tem o dever de investigar, desmontar os grupos de matadores, punir e devolver a população de Tomé Açu o direito constitucional de viver em uma sociedade pacífica. 
O advogado Jorge Pimentel, um brilhante profissional, um grande benfeitor das pessoas carentes daquela comunidade, era um homem de atitudes pacificas, nunca tinha se envolvido com violências. A punição destes assassinatos deve soar como um recado de que estas violências precisam parar já. 

O Governador Simão Jatene foi comunicado do assassinato e determinou total empenho da Secretaria de Segurança Pública. A OAB Pará também entrou no caso enviando oito advogados para Tomé Açu com objetivo de acompanhar as investigações.
O império da lei precisa, urgente. chegar em Tomé Açu, coração do Pará.

 

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