Veja mostra os esquemas da Força Sindical, uma central fundada por Medeiros com dinheiro dos patrões e presidida pelo Paulinho, que está acusado de coordenar um grupo de assalto aos recursos do BNDES e do Ministério do Trabalho.
Tenho muito orgulho de ter iniciado minha militância no movimento sindical, foi no sindicato dos gráficos. Lá aprendi a ser democrático e ouvir opiniões divergentes. Aprendi as noções de projeto coletivo e da luta por um mundo mais igual. Depois participei do movimento pela construção de um central sindical no Brasil, uma só, a CUT. Construímos, mas ela não é a única central sindical do País.
Na minha época se falava em dirigente sindical pelego a serviço da classe patronal. Tinha dirigente sindical que era até acusado de trabalhar par CIA através de convênios com a central sindical americana, porém isso representava a excessão. A maioria dos ativos sindicalistas vestiam a camisa da sua classe e sequer aceitavam recursos de qualquer governo. Dizíamos, quem deve sustentar a luta é a própria classe trabalhadora!
Durante as rodadas de negociações era praxe os sindicatos patronais oferecerem coquetel para os negociadores, nós não aceitavamos, bebíamos apenas água. Na mesa endurecíamos e nunca um dirigente negociava as portas fechadas, sempre estávamos acompanhados da comissão sindical eleita em assembléia participativa da categoria.
Hoje, quando leio ou vejo os maus exemplos no campo sindical me entristeço, pois sei o quanto é duro conquistar a confiança dos trabalhadores e quanto é fácil perdê-la.