O Primeiro de Maio de ontem tem uma bonita história de lutas da classe trabalhadora mundial por dignidade e melhores condições de trabalho. O Primeiro de Maio de hoje deve servir para conquistar o desenvolvimento com sustentabilidade, que significa a exploração dos recursos naturais e da mão de obra apenas para construir uma sociedade com o equilíbrio econômico, social e ambiental.
Antes, os trabalhadores eram tratados com animais. Trabalhavam até dezesseis horas por dia. Não tinham férias. Nem carteira de trabalho. Não tinham aposentadoria. FGTS, nem se falava nisso. A história dessa luta muito bonita, das conquistas e até das mortes dos trabalhadores, você pode ler no site Mania de História.
Depois de ler a história de luta da classe trabalhadora, comparar com as condições atuais, veremos que houveram conquistas, isso é inegável, mas o capitalismo, que explorava apenas a mão de obra, mudou sua forma de exploração, passando a retirar os ganhos conquistados através do sistema de consumo e crédito. As conquistas dos trabalhadores de certa forma, viraram pó frente as múltiplas maneiras de lucrar inventadas pelo capitalismo moderno.O sistema capitalista faz uso de tecnologia para retirar cada vez mais em menos tempo. A automação diminui o uso da mão de obra e os poucos que são empregados na industria, produzem muito mais em pouco tempo e com o mesmo salário. Com a mesma velocidade com que produz, utilizando pouca mão de obra, o sistema exaure velozmente os recursos naturais, colocando o equilibrio na Terra sob risco.
A automação do sistema produtivo, o estimulo ao consumo e o exaurimento dos recurso naturais, vem produzindo uma sociedade de miseráveis e desabrigados. Os pobres e subempregados habitam as regiões baixas do planeta, locais em riscos constantes de desastres ambientais, provocados pelas mudanças climáticas, resultado da forma com que o sistema trata a natureza.
No Brasil, podemos ver essa realidade a partir das nossas cidades, dos crescentes índices de violência, dos constantes engarrafamentos, dos deslizamentos, das enchentes que fazem vítimas apenas entre a parcela mais pobre do nosso povo, dos desempregados, dos subempregados.
O Pará, nosso estado querido, tem os piores indices de desenvolvimento humano do país. Diante de tudo isso, será que temos motivo coletivo para comemorar?


