Elite com saudade do império, faz festa para um Príncipe falido.

No Pará temos empresários sérios, preocupados com as causas sociais e com o meio ambiente. São empresários de todos os setores, como os que exportam ou prestam serviços a quem fornecem produtos ao mercado externo. Eles, por ter contatos com empresas do mundo inteiro, que exigem dos seus parceiros responsabilidade social e ambiental, se modernizaram e compreendem a necessidade de incorporam as novas regras. Esses são os mais bem sucedidos, alcançando sucesso nos seus empreendimentos e com eles estou disposto a conversar e fazer parceria para construir aqui a economia verde. 
Uma outra parcela da nossa elite, infelizmente ainda vive no século XVII e sempre desconfiei que parte dos nossos problemas decorrem do atraso dessa elite. Com ela, preciso fazer um debate fraterno, mas duro no conteúdo. 
Essa elite precisa ter consciência que Belém é a 23.º cidade mais violenta do Mundo e a culpa, em parte, decorre da falta de responsabilidade social daqueles que se dizem vanguarda do pensamento local. Mas, ao que parece, ainda estão longe de compreender as transformações que o mundo, preocupado com as pessoas e com o meio ambiente, experimenta. 
Dois fatos, nos últimos dias, mostram bem o que estou dizendo. Membros da diretoria da ACP, contra o interesse de toda a cidade, manifestaram apoio da entidade ao prédio construído dentro da baia do Guajará.  Ontem, 10.04, abriram as portas da Associação Comercial para receber o Principe Dom Bertrand, um príncipe falido, saudoso dos tempos do Império, durante o qual vivia no luxo sem trabalhar, falando de ecoterrorismo, psicose ambiental, um assunto que ninguém acredita no mundo, e de uma tal religião anticristã, ligada ao ecologismo, inventada da cabeça doentia dele, que é o mais novo integrante da midialivrismo.
Não me admira que lá, na sede da ACP, no lançamento do livro do Principe Bertrand, estava o deputado Paulo César Quartieiro, arrozeiro que foi expulso da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima e que foi abrigado aqui pela velha elite marajora, saudosa dos tempos em que caçavam, prendiam e escravizavam e matava os índios Aruans. Quartieiro foi recebido pelos barões sesmarianos como aquele que vai tirar o Marajó do atraso, plantando arroz sem os cuidados ambientais.

Chega, gente, o Pará, se quiser entrar no Século XXI, tem que se livrar dos tempos do Império e ingressar na democracia, na República e na nova ordem mundial que tem certeza absoluta da necessidade de cuidarmos das pessoas e do Planeta. 


 

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