Hoje, o Jornal O Liberal publica duas entrevistas com os membros da quadrilha que matou o advogado José Francisco. Nas entrevistas, principalmente a do bandido "Bisteca", é possível traçar um pequeno perfil dos criminosos e do crime.
A origem: bairros periféricos da grande Belém;
Iniciação: iniciam cedo no crime, impulsionados pela droga ou para satisfazer pequenas necessidades materias;
Continuidade criminosa: Presos pela primeira vez, estabelecem relacionamentos com outros bandidos dentro das casas penais e progridem no crime;
Modus operandi: Cada vez que é solto ou foge da cadeia, já vem com ideias de outros crimes, sempre buscando consertar os erros cometidos na execução dos crimes anteriores. Encontra obtém uma informação (parada), ou é convidado para uma onda. Junta-se aos comparsas, ex-detentos ou amigos de bairro, em número necessário a ação e agem, sem grandes e mirabolantes planos.
Futuro: Após a primeira prisão e o contato com outros criminosos, a vida passa a ser uma rotina de crimes e prisões, até ser abatido pela Policia, por uma vítima ou numa briga dentro da cadeia. Se for menos perigoso, ficará experimentando essa rotina de prisões e fugas até envelhecer e morrer. Raras, rarissímas, excessões de recuperação só acontecem com ajuda da família e apoio de religiões, mas acontecem. Ainda bem.
Constatação: A Sociedade, o sistema de segurança pública e o sistema penal não dispõe de instrumentos para identificar uma pessoa a beira da marginalidade ou um deliquente em inicío de carreira, recebê-lo com dignidade e recuperá-lo para uma vida em sociedade, como é o desejo de todos. O sistema está falido.