Faltou o Túnel II

No post “Faltou o Túnel” dois comentaristas me fazem voltar ao tema: o primeiro atribui ao ex-Governador Simão Jatene culpa pela não construção da obra, esclarece o nome do elevado que se chama Paulo Fontelles; o do túnel que se chamaria João Batista; e do complexo cujo nome é Carlos Marighela, e diz que houve boicote da COSANPA. O outro manda perguntar pelo túnel ao próprio Simão Jatene.
Quando o Governador Simão Jatene tomou posse, o então Prefeito Edmilson solicitou audiência e pautou a questão do túnel, querendo que a COSANPA e a SECTAM liberassem a obra. O Governador recebeu o Prefeito e autorizou imediatamente que os organismos de governo envidassem esforços para facilitar a construção do complexo.
Os dois lados se reunirão e o que a Prefeitura apresentou de solução técnica revelou a falta de planejamento, pois ficou evidente que só depois de construído o elevado é que perceberam a existência da adutora do Utinga, que é o tubão por onde passa quase toda a água que abastece a Cidade de Belém.
Diante do impasse, a primeira reação da Prefeitura foi apresentar um laudo dizendo que a vida útil dos tubos estava esgotada como justificativa para que o Governo gastasse oito milhões de reais mudando os tubos de posição e assim permitindo a passagem do túnel. O laudo foi contestado, pois a vida útil da adutora ainda é de mais trinta anos e não justificava o gasto do recurso público. Outra alternativa apresentada pela Prefeitura foi solicitar autorização para construir o túnel, passando por debaixo do tubão de água. O Estado pediu que apresentassem estudos de viabilidade e de segurança, pois o rompimento do túnel ou da adutora representaria risco para sociedade. E isso nunca foi feito, daí Belém ficou sem o túnel e aínda deve a homenagem ao ex-deputado João Batista, assassindo em pleno mandato, em função da luta pela Reforma Agrária.
 

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