Nem Jatene e nem Helder têm programa para você

Depois de ler os programas de governo de Helder Barbalho e de Simão Jatene cheguei a conclusão que o Pará, nas mãos de um deles, não terá o futuro que todos esperamos.

Sou candidato e por isso um concorrente, assim tenho pouca isenção para dizer o que estou dizendo aqui, mas desafio os professores, jornalistas, intelectuais, pensadores da nossa terra que por algum motivo estejam preocupados com o Pará, que analisem os documentos registrados no TRE e depois emitam opinião sobre o que leram. Duvido se não chegarão a mesma opinião que estou expondo aqui.

O Pará tem um economia informal maior que a formal, porém, maior que as duas, é a economia ilegal que trafica animal, ervas, plantas, retira ilegalmente de nosso território minérios, dentre os quais, os estratégicos, incluindo urânio que serve para fazer até bomba atômica. Levam daqui, sem declarar, gemas, como os diamantes e as ametista.

O Estado criou uma taxa para montar um sistema de fiscalização sobre os minerais, mas ao invés disso, usou o recurso para financiar asfalto sem rede de esgoto e sem estação de tratamento, deixando de cumprir a lei que criou o tributo.

As ilegalidades e a ausência de segurança jurídica que alimentam a violência, matam pessoas de bem, incluindo advogados, também afugenta daqui todo e qualquer investidor, que prefere esperar que as nossas riquezas sejam daqui retiradas ilegalmente, entre no mercado clandestinamente e depois seja legalizado em outros lugares para ter acesso a ela.

Outras empresas que aqui se instalam, correndo riscos, retiram tudo que podem no menor tempo possível, deixando para trás os buracos como a cava de Serra Pelada e as pessoas envolvidos para suportar os impactos negativos dessas atividades.

Alterar o modelo de gestão, de política econômica e desenvolvimento é o que o Pará precisa urgentemente para retirar 2,1 milhões pessoas da miséria. Mas os programas de governo nada falam. Os programas não abordam as interferências do Governo Federal aqui internamente nos obrigando a produzir energia e nos mandando cobrar da população a tarifa mais cara do Brasil. Belo Monte, por exemplo, trouxe 20 mil trabalhadores que, depois da obra, ficarão por aqui, desempregados, pois a UHE funcionará com pouco mais de 300 trabalhadores.

Leiam o programa e alertem a população antes do dia da votação. Ainda dá tempo.
 

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