Palma Cavalão e Cagarraios Palácios

Os nossos domingos de leitores paraenses (eleitores também) são iguais. O Diário do Pará denuncia que Jatene gastou quase dois hospitais públicos em propaganda. O Liberal, na missão de arrancar leite de pedra construindo matérias positivas para Jatene, comemora que o Pará é o primeiro do norte em transparência como se isso fosse uma grande vantagem, capaz de arrancar manchete de primeira página de um jornal de grande circulação. 

Depois da morte de Palma Cavalão e Cagarraios Palácios, nada mais restou, os baratistas se dividiram em dois jornais. Para ter audiência, eles brigam entre si numa estratégia de dominar o universo dos leitores (e eleitores), não deixando espaço para outras correntes de pensamentos. 

Lembro que Eloi Santos e Adamor Filho, dois radialistas famosos aqui de Belém, fizeram isso antes da internet. Simulavam uma briga e passavam a se atacar pelo rádio. Um na Rádio Clube e outra na Liberal. As pessoas ouviam o Adamor atacar Eloi na hora do almoço e já estavam ansiosos para saber qual seria a resposta de Eloi as três da tarde. Com isso, transforma-se em campeões de audiências e os vereadores mais votados da capital.

Assim ficava eu com os dois jornais, comprava o Diário, lia, corria para conferir o que o Liberal estava dizendo, até que entendi o jogo e com isso, parou meu sofrimento. Hoje leio, mas não entro na deles. Sei que são feitos da mesma matéria e no fundo desejam o mesmo poder. 


A terceira via que me conforta vem das redes sociais, ou seja, de um sistema de comunicação livre, sem amarras e construído pela própria sociedade. Aqui eu checo as informações, recebo outras, descarto as fofocas e formo minha convicção. Isso quebra o monopólio que eles acham que ainda existe. Viva democracia das informações
 

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