A mentira vencerá no Pará, independente de candidato


Os líderes do meu estado estão comprometidos de alguma forma com a mentira e isso precisa ter um fim. A campanha eleitoral é reveladora das mentiras que se prega por aqui. Vale tudo para ganhar. Não importa como. 

Neste domingo, o último antes do pleito do segundo turno, os meios de comunicação que divulgam as campanhas foram à loucura. Publicaram quatro pesquisas, cada uma com um número diferente e diametralmente oposto um dos outros.

O Diário do Pará, que tem como candidato, Helder Barbalho, publicou a pesquisa da iVeiga, onde Helder vence as eleições com 7% de vantagem. O Liberal, cujo candidato é o atual governador, se dividiu, a TV publicou a pesquisa do IBOPE, na qual o adversário, Helder vence com 5% de diferença, já o jornal impresso resolveu publicar duas pesquisas, uma da DOXA e outra da BMP, as duas indicam a vitória de Jatene. Passaram do ponto.

Me pergunto, se eles são assim com as eleições, um momento sublime da democracia, imaginem o que não fazem com as informações do cotidiano, com por exemplo, as cunho econômico, onde seus negócios estão em jogo? E quando noticiam feitos dos seus patrocinadores, o que é verdade daquilo que publicam? As noticias sobre estatísticas de violências, seriam elas verdadeiras? Se aqui no Pará acontecer um caso de ebola, ficaremos sabendo a verdade? A dengue diminui ou aumentou? A produção mineral, a arrecadação do estado, os repasses federais, o número de pessoas atendidas pelo estado, os acidentes de trânsito, a meteorologia, os gastos com obras públicas, as cheias dos rios, os vazamentos de minerais para a natureza, as espécies exógenas trazidas por navios que vem para o Pará provenientes de outros biomas, o desmatamento. O que é verdade no Pará? 

A mentira tomou conta de todos os setores. Começou pelos os de cima e veio contaminando tudo. Existem os que fabricam as mentiras, os que as divulgam, os que acreditam piamente nelas e os que, sabendo da verdade, calam-se por conveniência. 

Neste último grupo estão doutores, padres, pastores, juízes, cientistas, jornalistas. Os que acreditam piamente, podemos dividi-los em dois grupos, os inocentes, e os inocentes úteis. 

Você viu que deixei de fora os políticos. Não tenho classificação para a nossa classe política do Pará. As pessoas entram nos partidos acreditando nas pregações e quando descobrem que muito daquilo lá é mentira, saem correndo, os que ficam aprendem a conviver com as mentiras, fazendo jogo de cintura para não ser engolidos pelos poderosos. 

Finalizo dizendo que não quero ofender ninguém, mas fazer um desabafo. Eu mesmo tenho meus pecados, não são mortais, são veniais, mas são pecados. Daqui para frente me penitenciarei e lutarei sempre a favor da verdade. Esta é a bandeira mais revolucionaria que podemos empunhar pelo bem do povo paraense.

 

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