Os números do Censo desmoralizam Paragominas, o exemplo tucano

No estado do Pará quando se fala em administração municipal todos lembram Paragominas, uma administração que é o orgulho do PSDB, cantada em prosas e versos como exemplo de honestidade, transparência e competência. Claro que comparado com o que era no tempo em que o deputado Raimundo Santos e seu irmão mandavam por lá, um faroeste, reduto da bandidagem, do crime organizado, das mortes por encomenda, dos grossos desvios de recursos públicos e dos crimes ambientais, muita coisa mudou, mas a pergunta é: mudou para quem?

Os empresários e seus filhos se organizaram e passaram a comandar o destino do município, mas a população carente, continua carregando água dos poços e torneiras, sem qualquer tratamento, exatamente como antes.

O números do IBGE, censo de 2010, revelam uma outra Paragominas. O município é a morada permanente de 97.819 pessoas; 76.511 vivem na área urbana e 21.308 na área rural. Os paragominenses vivem em 24.967 domicílios, dos quais 11.311, ou 45,3% não dispõe de água tratada; 17.641 usam fossa rudimentar; agora pasmem, 23.957 pessoas são analfabetas.

A mudança foi implementada, porém ainda está beneficiando poucas famílias e não foi capaz de alcançar a cidadania. Que tal os vereadores e as entidades da sociedade civil buscarem mais informações sobre a verdadeira Paragominas, aquela que não aparece na propaganda e tentar cobrar dos candidatos propostas que atenda a maioria da população? Acredito que pode melhorar para todos.


 

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